Perícias em celulares de Mauro Cid pela PF aumentam suspeita de conta de Bolsonaro no exterior

Mauro Cid
Celulares de Mauro Cid foram apreendidos na Operação Venire Foto: Reprodução

Perícias realizadas em celulares e outros materiais apreendidos do ex-ajudante de ordem de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, levantam suspeitas de que há contas no exterior ligadas ao ex-presidente.  

Resumo da notícia 

  • O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente do exército Mauro Cid, teve seus celulares apreendidos durante a Operação Venire, da Polícia Federal. Ele está preso desde o dia 3. 
  • Nesses aparelhos foram encontradas movimentações que levantam suspeitas de uma conta no exterior mantida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 
  • A Polícia Federal também teve acesso a comprovantes de transferências feitas por Cid para a conta da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. 

As informações são do jornalista da Rede Globo César Tralli. As investigações estão sendo tocadas pela Polícia Federal desde quando os celulares de Cid foram apreendidos na Operação Venire, que investiga suspeitas de adulteração na carteira de vacinação de Bolsonaro. 

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As movimentações suspeitas estariam na conta do BB Americas, subsidiária do Banco do Brasil, na Flórida, ligada a Mauro Cid. A PF também interceptou diversas mensagens de Cid ao gestor dessa conta no exterior sobre as movimentações. 

Após as perícias serem concluídas, a PF vai pedir informações aos investigados sobre a legalidade dessas contas. 

Depósitos para Michelle Bolsonaro 

No sábado (13) o UOL noticiou que a PF identificou depósitos em dinheiro vivo de Cid para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Foram identificados sete comprovantes de depósitos feitos em dinheiro vivo pelo ex-ajudante de ordens para Michelle, que foram enviados para as suas assessoras. 

O valor total das transferências foi de R$8.600 e foram realizadas em pequenos valores para não levantar suspeitas, de acordo com a PF. 

A defesa de Jair e Michelle publicou uma nota afirmando que “os pagamentos das contas do dia-a-dia da família eram feitos com recursos próprios”.