Dados de levantamentos feitos pelo Observatório Febraban e Radar Febraban (Federação Brasileira de Bancos): três a cada quatro brasileiros se dizem otimistas em relação a 2023 – esperança, alegria e confiança foram as expressões mais ditas nas pesquisas que ouviram cerca de três mil entrevistados em todas as regiões do País. A palavra esperança ganhou 38% de citações. 76% das pessoas consultadas estão mantendo expectativa positiva em relação ao ano novo. “O Observatório Febraban mostra que a esperança é o principal sentimento para 2023, sobretudo entre as mulheres e nos pontos que dizem respeito à queda do desemprego e ao acesso maior ao crédito”, diz o conceituado sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipesp).

3 a cada 4 cidadãos do Brasil declaram-se otimistas em relação ao novo ano

CULTURA
Pela realização da revista seLecT, Paula Alzugaray recebe o Prêmio Governo de São Paulo para as Artes

EXCELÊNCIA Edições de seLecT e o prêmio: a mais conceituada publicação de Arte e Cultura Contemporânea (Crédito:Divulgação)

Paula Alzugaray, pós-doutorada em História, Crítica e Teoria da Arte pela USP, recebeu o Prêmio Governo de São Paulo para as Artes, na categoria Comunicação Cultural, pela realização da revista seLecT – a mais conceituada publicação de Arte e Cultura Contemporânea a atuar nos campos social e político. “Agradeço a Sérgio Sá Leitão, secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, pelo resgate desse Prêmio”, diz Paula, editora responsável e diretora de redação de seLecT. “Trata-se de apoio e reconhecimento das artes pelo Estado. Juntos somos fortes”. Nas quatro edições de 2022, a revista apurou e refletiu, com inteligência e rigor metodológico, a relação Arte e política a partir de revisões históricas à luz do centenário da Semana de 22 e do Bicentenário da Independência. Em 2021, com idêntica excelência e “diante da destruição socioambiental da Amazônia pelo governo Bolsonaro, as quatro edições contemplaram a produção artística e intelectual dos habitantes das florestas dos Estados Amazônicos”. E o futuro? “O governo Lula terá estatura para resgatar o respeito à Cultura e recolocá-la em seu lugar de alicerce do desenvolvimento social”, afirma Paula.

O AMANHÃ Paula Alzugaray: “o governo Lula recolocará a Cultura em seu lugar de alicerce do desenvolvimento social” (Crédito:Divulgação)

JUSTIÇA
Por que Cabral foi solto

SEGUNDA-FEIRA, 19 DE DEZEMBRO Sérgio Cabral deixa unidade da PM: rumo a Copacabana (Crédito:Roberto Moreyra)

É justa a indignação da maioria dos brasileiros com a soltura do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, ocorrida na semana passada – ele era o último presidiário no âmbito da Operação Lava Jato. Condenado a mais de 400 anos de encarceramento por propinas e fraude em licitações, foi libertado pela Segunda Turma do STF, que o transferiu à prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Cabral está instalado em um apartamento no bairro carioca de Copacabana, com frente para o mar, onde foi recebido por seu filho Marco Antônio Cabral. É justa também a crítica à Justiça. E compreensível: como pode alguém com penas que somam quatro séculos, dadas em primeira e segunda instâncias, não ficar preso? Nesse ponto entra a lengalenga: é constitucional no Brasil o início de cumprimento de pena sem sentença condenatória transitada em julgado (quando não há mais recursos)? O STF decidiu que essa questão tem de ser resolvida pelo Congresso. Isso foi em 2019. O que fez o Legislativo? Absolutamente nada. Nesse pântano jurídico ocorrem aberrações como a que se vê na soltura do réu confesso Cabral. O STF, por sua vez, foi excessivamente garantista: se não está claro se alguém pode cumprir pena condenado apenas em duas instâncias, então uma prisão que já durava seis anos, como era o caso de Cabral, torna-se meramente aprisionamento preventivo – e ninguém, por força da lei, pode ficar encarcerado preventivamente por período tão longo (pobres e pretos podem, não é?) ele não foi inocentado; responderá aos processos em casa. Já passou da hora de o Congresso pacificar tal discussão.

RECEPÇÃO Cabral e o filho Marco Antônio: reencontro (Crédito:Divulgação)