O funcionário da Petrobras Bruno Lima da Costa Soares, de 34 anos, sofreu perfurações no coração, pulmão e baço durante o sequestro de um ônibus na Rodoviária Novo Rio, no Rio de Janeiro, na terça-feira. 12. O sequestrador Paulo Sérgio de Lima se entregou após três horas.

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No primeiro momento, Bruno foi socorrido e levado ao Hospital Municipal Souza Aguiar. Depois, transferido ao INC (Instituto Nacional de Cardiologia), que informou por meio de nota enviada à ISTOÉ que o paciente está internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva) e o seu estado de saúde é crítico, mas estável. “Ainda não está definido se ele será submetido a uma nova cirurgia”, completou.

Bruno é natural de Juiz de Fora (MG) e estava no Rio de Janeiro para fazer um treinamento na Universidade Petrobrás, pois passou recentemente no concurso da estatal para ocupar o cargo nível técnico júnior como operador de lastro, profissional responsável pelas operações que envolvem manutenção e controle da estabilidade de unidades marítimas de produção de petróleo e gás.

Por meio de uma publicação no X (antigo Twitter), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, lamentou o ocorrido e ressaltou que uma equipe multidisciplinar da estatal, que conta com médicos; assistente social e gerente da universidade, está prestando todo o suporte ao Bruno e seus familiares.

O sequestro

Segundo informações preliminares, Paulo Sérgio tentava fugir do Rio de Janeiro após ter sido ameaçado pela facção Comando Vermelho, à qual pertencia. Ele já respondia pelo crime de roubo a passageiros de um ônibus da linha 110, em 2019.

Paulo Sérgio teria se assustado com a chegada de Bruno e supostamente o confundiu com um policial e efetuou os disparos. Um outro homem a bordo do ônibus foi atingido por estilhaços e precisou ser atendido na própria rodoviária.

Após horas de negociação, os 17 reféns foram liberados. Depois de se entregar, Paulo Sérgio foi levado à 4ª DP (Delegacia de Polícia/ Praça da República).

Por meio de nota enviada à ISTOÉ, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que os passageiros, assim como o motorista do ônibus, serão ouvidos. Além disso, a corporação analisa as imagens das câmeras de segurança da rodoviária.