O presidente do Santos vê ilegitimidade na indicação de impeachment por parte da Comissão de Inquérito e Sindicância, que será votada pelo Conselho Deliberativo nesta segunda-feira (28). Um dos motivos, é o número de pré-candidatos ao cargo máximo do Peixe que atuam como conselheiros.

– Foi uma alteração no Estatuto Social, em pleno 2019, que incluiu texto do Profut. Foram lá e colocaram para tirar o presidente só com o poder do Conselho Deliberativo. Isso não existe, lei não pode ser retroativa – afirmou Peres em entrevista à ESPN Brasil na última sexta-feira (25).

– Temos 10 pré-candidatos fazendo política lá, minando o ambiente. Eles deveriam se afastar. Por que meu processo passou na frente? – acrescentou.

O cartola também questionou a diferença de tratamento do Egrégio em relação a processos semelhantes contra outros ex-presidentes do Alvinegro e reforçou que as contas de 2019 não poderiam ser reprovadas, já que o clube apresentou superavit.

– Três processos de ex-presidentes não foram colocados, agora colocam o meu processo. Processo absurdo. Demos R$ 23,5 milhões de lucro em 2019 –

O relatório da CIS reforça infrações estatutárias apresentadas pelo Conselho Fiscal e aprovada pelos conselheiros, que aponta irregulares da gestão em pagamento de comissões não computadas e mau uso do cartão corporativo.

O mandato de Peres se encerra em dezembro, e o atual presidente santista já declarou que não pretende concorrer à reeleição. Atualmente, oito nomes se apresentam como pré-candidatos: Andrés Rueda, Daniel Curi, Esmeraldo Tarquinio, Fernando Silva, Ricardo Agostinho, Rodrigo Marino, Milton Teixeira Filho e Vágner Lombardi.