Jair Bolsonaro é tão ruim, mas tão ruim que, com suas atitudes bélicas e destrambelhadas, vem conseguindo despertar um debate tão falso quanto estúpido: afinal, é hora de perdoar o PT?

O lulopetismo é o responsável direto por males irreparáveis que nos atormentarão por décadas, inclusive o bolsonarismo.

A catástrofe econômica do governo Dilma, o aparelhamento ideológico-sindical do Estado, o compadrio corrupto entre parte da elite empresarial e o Partido dos Trabalhadores, a cisão da sociedade e a corrosão das instituições não serão desmantelados tão cedo, sobretudo por um governo não muito diferente em vários aspectos.

O PT não merece perdão. Até porque o partido jamais reconheceu seus erros e crimes em série. O PT merece cadeia. Se a lei fosse seguida, o partido seria extinto.

Porém o mais importante não é perdoar, ou não, a legenda e seus criminosos. É crucial que a sociedade brasileira não caia nessa esparrela dicotômica, como se a única alternativa ao bolsonarismo fosse o lulopetismo. Ambos merecem ser condenados e resumidos ao lixo da história, cada qual por seus próprios motivos. Há vida, no Brasil, fora esses dois eixos do mal.

Criticar e se opor a Jair Bolsonaro não significa perdão e apoio a Lula e seus asseclas. Significa apenas não concordar em prosseguir num País dominado por fanáticos (de esquerda ou extrema direita), apaniguados do rei e, no mínimo, no caso atual, conivente com corrupção e conchavos políticos espúrios quando interessa.

Eu não perdôo PT nenhum. Eu não apoio Bolsonaro nenhum. E espero que, um dia, o Brasil aprenda a escolher projetos, e não pretensos salvadores da pátria. Do contrário, apenas mudaremos de nome e endereço, pois a família problemática será sempre a mesma.