12/06/2024 - 16:26
Eu nunca votei no PT e provavelmente jamais o farei. Igualmente, nunca acreditei em uma palavra ou boa intenção do presidente Lula. Assim penso e me manifesto, publicamente, desde 2000, muito antes de ser moda não gostar do lulopetismo. Ao contrário. Passei por maus momentos, quando trabalhava em São Paulo, por essa minha posição anti esquerda. Não me confudam, portanto, com esses aloprados de extrema direita, sem fundamentos e cheios de ódio.
Sou incondicionalmente plural e tolerante com o pensamento oposto. Acredito piamente na troca de ideias e no bom debate como formas de aprendizado e crescimento. Minha treta com o PT não é apenas ideológica, mas de princípios. E aqui, notem, não estou me referindo aos (princípios) éticos, pois estes, hehe, sabemos que boa parte daquela turma não os tem. Eu me refiro à maneira com que o lulopetismo enxerga Estado, economia e iniciativa privada.
Lula 3 caminha, definitivamente, rumo ao desastre de Dilma 2, iniciado em Lula 2. Essa gente não esquece nada nem aprende nada. Continua, além de sem rumo e com ideias mofadas, investindo contra quem sustenta o País. Outro dia, Lula acusou o “ Mercado” de ser o culpado pela fome de milhões de crianças pobres no Brasil. Para este picareta intelectual, não são a corrupção, a gastança desenfreada e a incompetência do Poder Público os responsáveis.
Lula venceu a última eleição porque o oponente era Jair Bolsonaro, um desqualificado que o ressuscitou das catacumbas de Curitiba. Sua mínima margem de votos já deixava clara a falta de apoio que teria da população. Ao se deparar com um Congresso nada amigo e cada vez mais poderoso e guloso, perdeu de vez o rumo. E ao cercar-se de um bando de incapazes e perdidos, tudo piorou de vez. Agora, restou o confronto (nada original) e a sanha arrecadatória de sempre.
“O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão alcançar a meta de déficit sem comprometer os investimentos”. Eis o plano do chefão petista para o Brasil. Cobrar mais impostos como se quase 40% do PIB não fossem suficientes e já inaceitáveis, e reduzir, na marra, a taxa de juros estratosféricos – motivada justamente pela irresponsabilidade fiscal de seu péssimo governo. Reforma administrativa, melhoria da gestão, cuidado com os gastos? Que nada!!
A reação negativa dos mercados vem dando o tom do que nos espera, mas esse não é o problema. Mercados sobem e caem. Vêm e vão. A questão é o norte, o sentido para onde o bico do avião aponta. Enquanto Lula não der o mínimo de ouvidos a Haddad – longe de ser um gênio, mas minimamente em busca de algum equilíbrio fiscal -, o risco de nova hecatombe será cada vez maior e real, como se os três anos de recessão de Dilma Rousseff jamais tivessem existido.