A China denunciou que um relatório publicado pelo governo dos Estados Unidos sobre a estratégia chinesa nos territórios em disputa é uma “distorção” dos fatos e expressou forte descontentamento depois que Washington acusou Pequim de usar “táticas coercitivas”.

O governo dos Estados Unidos segue em sua linha de “exagero a respeito da suposta ameaça militar da China”, afirma o porta-voz do ministério da Defensa, Yang Yujun, em um comunicado, no qual denuncia “os estereótipos e os comentários inadequados”.

“Em 2015, a China utilizou táticas coercitivas para fazer prevalecer seus interesses de maneira que, calculadamente, não cheguem a gerar um conflito armado”, afirma o relatório do Departamento de Defesa americano.

A China reivindica a quase totalidade do Mar da China Meridional, uma zona estratégica para o comércio mundial, igualmente disputada por Vietnã, Filipinas, Malásia e Brunei.

Pequim “expressa seu forte descontentamento e sua firme oposição” ao relatório publicado pelo Pentágono, destacou o porta-voz, que criticou Washington por ter uma “mentalidade de Guerra Fria”.

Para apoiar suas pretensões territoriais, a China realizou enormes operações de terraplanagem em pequenas ilhas do arquipélago de Spratly.

Em seu relatório, o Pentágono reconhece que a China “fez uma pausa no final de 2015” nas obras de terraplanagem, após avançar sobre o mar em “cerca de 1.300 hectares” entre sete ilhas e recifes.

O Pentágono destaca que quando terminar a obra, a China terá três pistas de aviação nas ilhas Spratly.

“Estados Unidos falam de liberdade de navegação, mas o que querem realmente é exercer sua hegemonia na região”, denunciou Yang.

ehl/fp