Conhecida pelo humor nas redes sociais e por seu trabalho como apresentadora, palestrante, psicóloga e atriz, Pequena Lô faz sua estreia em novelas com uma participação especial em “A Caverna Encantada”, folhetim do SBT. O capítulo vai ao ar nesta sexta-feira, 11 de julho, às 13h45.
Na cena da trama, Pequena Lô interpreta ela mesma ao ser convidada pela amiga, a professora Pilar (Isabela Souza), para dar uma aula especial às meninas do Colégio Interno Rosa dos Ventos. O tema da aula é inclusão social, abordando de forma leve assuntos como acessibilidade, respeito às diferenças, o papel do cidadão na construção de uma sociedade mais abrangente e a importância de buscar informação e conscientização.
“Eu amei atuar em ‘A Caverna Encantada’, ainda mais com as crianças, as atrizes mirins, porque todas as encenações que eu fiz até hoje, atuei com adultos e a linguagem é diferente. Eu me adaptei também ao roteiro, porque é um assunto sério, mas a gente tem que falar de uma forma leve, para não ficar aquela coisa pesada”, destaca a influenciadora.
Segundo a atriz, a troca com o elenco jovem foi enriquecedora: “Realmente elas estavam ali para me escutar e é muito legal, porque as crianças hoje estão bem mais evoluídas. E eu tenho certeza que estando aqui como a Pequena Lô, eu também deixei alguma informação para elas e sobre a inclusão no geral”.

Pequena Lô estreia em novelas e destaca importância da inclusão. Divulgação/SBT.
Em bate-papo para IstoÉ Gente, a influenciadora falou sobre sua estreia em novelas e como se sentiu ao participar de uma produção de TV, que é tão diferente daquelas às quais está acostumada para a internet.
Como você traz essa outra versão, ao mesmo tempo levando sua essência para dentro do formato da televisão? Dá para juntar esse seu perfil da internet com a televisão?
Eu acho que são coisas bem diferentes. Eu digo porque eu já tive experiências, então a gente não consegue as coisas na internet como é na televisão, porque são públicos diferentes. Se eu falo uma linguagem que talvez uma pessoa que só assiste televisão — vou pegar pelos meus avós, por exemplo —, se eu falar uma gíria que eu uso na internet, eles não vão entender o contexto. Então, eu tenho que saber filtrar as palavras, falar um diálogo que todos conseguem entender, de um jeito formal, mas ao mesmo tempo informal. Na cena de “A Caverna Encantada”, eu falo bem detalhado, porque vão ter crianças que vão assistir para eles entenderem direitinho. Eu acho que são coisas diferentes. Dá para colocar ali uma coisa ou outra. As atuações que eu faço na internet também são diferentes, porque eu atuo como personagem. E eu acho que eu aprendi a me adaptar a esse modelo, porque não é a mesma coisa.
Você tem o programa “No Divã da Lô” que mistura a psicologia e o humor. Estreou em janeiro. Como está sendo essa experiência?
Eu estou como apresentadora. Uma outra skin, mas eu uso a psicologia e o humor. Eu consegui unir essas duas coisas, igual eu uso na internet. Eu entrevisto os meus convidados de uma forma que não seja tão superficial. A ideia do programa era não ser entrevista superficial. As pessoas falam sobre o que todo mundo já sabe, mas o que também não sabe. Todo mundo tem uma história, todo mundo tem um processo para chegar onde está. Eu queria ouvir esse lado. Os meus convidados conseguiram se sentir à vontade e ter essa liberdade de me contar, por mais que tivesse a câmera ali. Então eu consegui unir essas duas coisas.
E você tá gostando?
Tô amando! Eu amei fazer os episódios, porque cada um foi um sentimento e uma vivência. Teve muitos amigos meus que participaram, mas teve pessoas também que eu sou fã e tive a oportunidade de entrevistar. Que eu não conhecia a história, 100%. Foi um momento deles poderem contar ali também e se abrir sobre família, relacionamento, saúde mental, que é tão importante hoje em dia falar sobre isso. E as brincadeiras que tem ali no meio, né? Que deixa a pessoa mais à vontade. Eu amei, que venha a segunda temporada.
Será que vem aí?
Acho que vem aí.
O lado de escritora é outro talento que você descobriu, que também é uma outra expressão sua, né?
Eu descobri esse lado também, porque desde criança eu tinha isso em mente. Criança, fala várias coisas, e eu falava que eu ia escrever um livro, só que eu não sabia como isso iria acontecer. Na minha cabeça, como criança, por eu ser muito nova, e ter passado por quatro cirurgias de variadas situações, isso na minha cabeça daria um livro, por conta de como eu enfrentei isso, como foi o processo. E aí na minha cabeça, mesmo criança, para mim, daria um livro. E foi como eu fiz. Depois eu consegui realizar esse sonho, falei sobre a minha carreira, sobre o meu nascimento, sobre a minha síndrome, eu conto tudo, também tem relatos dos meus pais, dos meus avós, dos meus amigos, e aí consegui realizar. Está disponível na Amazon. “Na dúvida, escolha ser feliz”, é o nome do meu livro. É um título que acaba sendo meio coach, mas não tem nada a ver com coach. Mas é porque esse título saiu de uma frase no meio do livro. A gente tirou o título do capítulo que tem no livro. E essa frase eu acho que combinou muito com a capa.
E te representa também?
Muito, porque a gente tem escolhas, né, o livre arbítrio. E a minha escolha foi seguir feliz, por mais que eu tinha coisas para enfrentar.
E também não é um livro de uma positividade tóxica a ponto de você ter que ser feliz o tempo inteiro. Não é isso. Mas é a escolha que eu fiz, que pra algumas pessoas pode fazer sentido.