O nome de Pep Guardiola apareceu no vazamento do Pandora Papers. O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos lidera o projeto, e as informações expostas detalham sobre a criação de empresas offshore, que possuem diversos fins, como investimentos e compras de bens, mas também a ocultação de dinheiro ilícito ou evitar a cobrança de impostos.

De acordo com o “El País” e o “La Sexta”, o comandante do Manchester City abriu uma empresa de fachada chamada Repox Investments para depositar os salários pagos pelo Al Ahli, do Qatar, na casa de 1,7 milhão de euros (R$ 10,7 milhões) por ano entre 2003 e 2005.

Lluis Orobitg, consultor jurídico do catalão, afirmou que a conta aberta em Andorra foi criada por conta da “impossibilidade e obter um certificado de residência do Qatar, onde não teria que pagar impostos”. O assessor explicou que os depósitos não foram feitos na Espanha com medo de que a Agência Tributária “pudesse se opor a ele (Guardiola) e apresentar suas declarações como um expatriado, quando na realidade ele jogou e viveu no Qatar”.

Em 2012, Guardiola decidiu fechar a conta e aproveitou uma anistia fiscal aprovada pelo então primeiro-ministro Mariano Rajoy durante uma grande crise econômica. Com isso, o comandante conseguiu regularizar cerca de 500 mil euros correspondentes aos juros ganhos sobre o dinheiro depositado em Andorra entre 2007 e 2010.

No Brasil, os nomes de Paulo Guedes, ministro da Economia, e de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, entre outros empresários, vazaram no Pandora Papers. No entanto, ser dono de uma offshore ou ter dinheiro fora do país não é crime no Brasil desde que a Receita Federal seja informada.

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