Durante o ato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que ocorreu no domingo, 25, na Avenida Paulista, em São Paulo, manifestantes foram fotografados com bandeiras de Israel em que o hexagrama que representa a comunidade judaica foi substituído por um pentagrama, que não possui qualquer relação com o país hebreu.

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Ao longo da manifestação, vendedores ambulantes comercializavam além de itens relacionados aos movimentos bolsonaristas como, bandeiras do Brasil e imagens do ex-presidente, havia também a oferta de bandeiras de Israel. Entretanto, alguns dos produtos possuíam o símbolo errado e, ao invés de um hexagrama, exibiam um pentagrama.

As representações do país hebreu se tornaram símbolo dos movimentos de direita há anos, mas tomaram força após a fala de Luis Inácio Lula da Silva (PT), que comparou as ações de Israel com o holocausto e se tornou uma “persona non-grata” no território governado por Benjamin Netanyahu.

O Instituto Brasil-Israel questionou o uso das bandeiras por parte dos movimentos em apoio a Jair Bolsonaro, criticando a “instrumentalização da imagem de Israel pela extrema-direita brasileira, baseada na perspectiva de um país conservador, branco e cristão”. Contudo, apesar do intuito de demonstrar apoio aos judeus, alguns manifestantes carregavam itens distorcidos com símbolos trocados.

Apesar de estar muito associado ao satanismo, o pentagrama é um símbolo que aparece nas culturas gregas e babilônicas, além de registros da estrela de cinco pontas existirem no Egito. Segundo reportagem da Superinteressante, a forma geométrica invertida tomou interpretação demoníaca após o século XIX, quando foi feita a primeira representação da entidade Baphomet.

Para algumas religiões, o pentagrama representa os cinco elementos água, fogo, terra, ar e éter, que seria relativo ao espírito.