O Centro de Progressão Penitenciária Edgard Magalhães Noronha, conhecido como Penitenciária de Tremembé, vem passando por uma invasão de “ninjas” desde setembro de 2020. O apelido é dado para quem arremessa celulares, drogas e armas para dentro do sistema prisional, como forma de abastecer os presidiários.

Sueli Zeraik de Oliveira Armani, juíza do Departamento Estadual de Execução Criminal (Deecrim-9) de São José dos Campos, disse que “as ocorrências [de arremessos de objetos] se tornaram corriqueiras e fazem parte do cotidiano da unidade prisional, inclusive com disparos de armas de fogo”.

De acordo com as informações oficiais, desde o início de 2017, 187 aparelhos celulares foram apreendidos por agentes penitenciários durante a saída dos detentos. Mediante a isso, Sueli alegou que a situação tem se intensificado e isso compromete a “manutenção da segurança e disciplina no interior do presídio, além de causar insatisfação no âmbito de quadro de funcionários”.

No dia 16 de janeiro, uma pessoa tentou entregar uma encomenda aos presidiários junto de outros cinco comparsas. Eles conseguiram pular o alambrado da penitenciária com uma mochila que continha 25 aparelhos celulares, 34 carregadores, dois chips de telefone e uma arma. A mala, entretanto, enroscou no arame.

Os “ninjas” foram flagrados por um agente penitenciário, que foi alvo de tiros pelo grupo. Depois de ser preso, um dos suspeitos disse que recebia R$2.000,00 para realizar a missão.

Segundo a juíza, as invasões acontecem pela falta de servidores e de agentes penitenciários na segurança da unidade prisional.

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