Depois de duas derrotas no Campeonato Brasileiro, o Fluminense entrou em campo pressionado para enfrentar o Criciúma. O que se viu nos 90 minutos foi justamente o contrário do favoritismo esperado. Burocrático e sem inspiração no primeiro tempo, o time até melhorou no segundo, mas foi só com um pênalti mal marcado que a parte ofensiva funcionou de fato. O gol salvou o que poderia ser um resultado desastroso, mas a derrota por 2 a 1 coloca ainda mais peso para o confronto de volta das oitavas de final da Copa do Brasil.

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Vale lembrar que o time teve uma semana completa de treinos antes da derrota por 1 a 0 para o Palmeiras, líder do Brasileirão. Por isso, não há como justificar o baixo rendimento com o desgaste da forma como vinha acontecendo. O sistema ofensivo sem Caio Paulista não funcionou. Biel e Luiz Henrique deram quase nada de profundidade, Fred apareceu pouco e Nene também. Para além apenas da baixa qualidade, o time do Fluminense foi apático mais uma vez.

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​Atuações como a desta terça-feira fazem o torcedor se questionar como a equipe consegue ter exibições marcantes contra River Plate (ARG) e Cerro Porteño (PAR) fora de casa na Libertadores, mas não é capaz de repetir no Brasileiro ou diante de um time de Série C – bem organizado, vale ressaltar. De acordo com o “SofaScore”, o Tricolor teve 68% de posse de bola e 11 chutes, sendo, sendo três no gol apenas contra quatro do Criciúma. O time trocou 629 passes com precisão de 87% e teve 129 perdas da posse, além de 14 desarmes.

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A terceira derrota consecutiva (somando-se a Grêmio e Palmeiras) vem justamente no momento mais importante da temporada até aqui. Em oito dias, o Fluminense decide as oitavas da Copa do Brasil e a vaga nas quartas da Libertadores. A próxima partida com o Criciúma é já no sábado, às 16h30, no Maracanã, enquanto a diante do Cerro Porteño será na terça, também no Rio, às 19h15 (de Brasília).

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​- Não atribuo à falta de intensidade, mas sim à lucidez de compreender o jogo, buscar soluções para um time que nos marcava bem e tecnicamente temos feito uma primeira etapa muito abaixo do que estamos acostumados. As derrotas preocupam evidentemente, mas eu não me preocupo a ponto de perder a lucidez dos momentos importantes que temos pela frente. É uma disputa aberta na Copa do Brasil – avaliou Roger Machado em coletiva.

– O Brasileiro nós esquecemos agora e buscamos recuperar essas duas derrotas depois. Neste momento não posso levar a campo a instabilidade de outra competição e cobrar uma melhora para sábado. O gol na segunda etapa nos colocou na disputa e vamos jogar dentro de casa. A preocupação fica para fora do vestiário para encontrarmos as soluções que precisamos aqui dentro – completou.

A pior sequência de Roger no comando do Fluminense havia sido no empate com o Flamengo no primeiro jogo da final do Carioca e nas derrotas para o Junior Barranquilla (COL) e o próprio rival no Estadual. Depois, houve ainda dois empates (Fortaleza e Corinthians) e duas derrotas (Atlético-GO e Athletico-PR), mas nunca três perdas consecutivas. Agora, o Flu tenta levantar a cabeça para que o momento não custe os sonhos da temporada.


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