Ainda há os que teimam em considerar, sobretudo por falta de informação, que Pelé passou a vida como um brasileiro avesso à política.

Isso não é verdade. Pelé foi um dos melhores ministros do Esporte que o Brasil já teve.

Sem chamar para si holofotes e sem perder tempo com demagogias – até porque os seus únicos partidos eram o esporte em geral e o futebol em particular, jamais as legendas com seus quadros carreiristas e arrivistas -, Pelé legou ao País medidas importantes à época em que esteve no ministério, de 1995 a 1998, no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Como ministro, e, ao mesmo tempo, presidente do Conselho Brasileiro de Desenvolvimento do Esporte, Pelé conseguiu a aprovação da lei que criou a obrigatoriedade de concessão de verbas e recursos para as modalidades esportivas paraolímpicas – hoje elas brilham em Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais, sendo um grande orgulho ao Brasil.

O projeto de lei de Pelé foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, presididos, naqueles tempos, respectivamente por Michel Temer e Antonio Carlos Magalhães. No Palácio do Planalto, Fernando Henrique o sancionou.