O presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez, informou nesta quinta-feira (11) que manteve uma conversa telefônica com o presidente do Equador, Daniel Noboa, na qual lhe transmitiu seu apoio “às instituições democráticas” do país sul-americano, sacudido pela violência do crime organizado.

“Mantive uma conversa telefônica com o presidente do Equador, @DanielNoboaOk, e lhe transmiti nossa firme condenação aos atos violentos cometidos por grupos criminosos”, informou Sánchez em mensagem na rede social X.

“Nossa solidariedade às vítimas e suas famílias”, continuou, afirmando que a “Espanha apoia as instituições democráticas do Equador e deseja que a normalidade se restabeleça no país o mais breve possível”.

A conversa veio a público um dia depois de Sánchez manifestar sua “preocupação lógica” pelos acontecimentos no Equador.

A crise começou no domingo, quando um dos chefes do crime organizado mais temidos do Equador desapareceu de uma prisão de Guayaquil (sudoeste).

À fuga de Adolfo Macías, o “Fito”, líder da principal quadrilha do Equador, conhecida como Los Choneros, seguiu-se uma investida violenta: motins nos presídios, 178 agentes carcerários feitos reféns pelos detentos, sete policiais sequestrados (seis dos quais foram liberados), ataques com explosivos e veículos incendiados, e a tomada de reféns em plena transmissão ao vivo de um canal de televisão que causou grande impacto.

Na terça-feira, Noboa decretou o estado de “conflito armado” contra o narcotráfico.

Localizado entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores mundiais de cocaína, o Equador se transformou em um novo baluarte do tráfico de drogas.

O país fechou o ano de 2023 com mais de 7.800 homicídios e 220 toneladas de droga apreendidas, novos recordes neste país de 17 milhões de habitantes.

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