Pedro Sánchez segue acreditando em inocência de procurador-geral espanhol condenado

O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, afirmou neste domingo (23) que continua acreditando na “inocência” do procurador-geral do Estado, condenado por violar o segredo judicial, ao expressar sua “discordância” com a sentença, embora tenha dito que a respeita.

“Em uma sociedade democrática como a que vive a Espanha (…) podemos manifestar nossa discordância sobre a orientação desta sentença, e eu a manifesto, porque acredito na inocência do procurador-geral”, declarou o líder socialista em entrevista coletiva em Joanesburgo, onde participou da cúpula do G20.

Nomeado em 2022 por indicação do governo de esquerda, Álvaro García Ortiz foi condenado na quinta-feira pelo Tribunal Supremo a dois anos de inabilitação para exercer o cargo e ao pagamento de uma multa por ter vazado informações do namorado de uma figura da oposição suspeito de fraude fiscal.

Sánchez disse que seu governo colocará em marcha o procedimento para substituir e nomear um novo procurador-geral, e que aguardará a sentença detalhada para analisar possíveis elementos “controversos” que permitam recorrer ao Tribunal Constitucional.

Após a condenação, a oposição de direita voltou a exigir a renúncia de Sánchez e a convocação de eleições. A decisão é um duro golpe para o presidente do governo, já fragilizado por outras causas judiciais envolvendo pessoas próximas a ele.

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