WASHINGTON (Reuters) – Menos norte-americanos entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada, conforme as empresas mantêm seus funcionários em meio a uma crescente escassez de mão de obra que ajudou a conter o crescimento do emprego em abril.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 473 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 8 de maio, contra 507 mil na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.

Economistas consultados pela Reuters projetava 490 mil pedidos na última semana.

Embora as aberturas de empregos estejam em um recorde de 8,1 milhões e quase 10 milhões de pessoas estão oficialmente desempregadas, as empresas têm tido dificuldades em encontrar mão de obra. As dispensas estão em mínimas recordes.

Benefícios generosos aos desempregados, temores de pegar Covid-19, pais que ficam em casa para cuidar das crianças e falta de matéria-prima, bem como aposentadorias relacionadas à pandemia e mudanças de carreira, são motivos que têm sido atribuídos a essa disparidade. A economia dos EUA criou 266 mil empregos em abril, depois de 770 mil em março, informou o governo na semana passada.

Alguns economistas acreditam que os programas aprimorados de benefícios a desempregados, incluindo o subsídio governamental de 300 dólares por semana, podem estar estimulando algumas pessoas a entrarem com um pedido de assistência, mantendo os pedidos bem acima da faixa de 200.000 a 250.000 vista como condizente com um mercado de trabalho saudável.

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Os pedidos de auxílio-desemprego caíram de um recorde de 6,149 milhões no início de abril de 2020. Vários Estados do sul e centro-oeste dos Estados Unidos, como Tennessee e Missouri, que têm taxas de desemprego abaixo da média nacional de 6,1%, anunciaram recentemente que encerrarão os benefícios a desempregados na pandemia financiados pelo governo federal no próximo mês.

Em outro relatório divulgado na quinta-feira, o Departamento do Trabalho informou que seu índice de preços ao produtor para a demanda final subiu 0,6% em abril, após alta de 1,0% em março. No acumulado de 12 meses até abril, o índice avançou 6,2%. Esse foi o maior aumento anual desde que a série foi renovada em 2010 e seguiu um salto de 4,2% em março.

O dado anual dos preços ao produtor foi impulsionado pela retirada do cálculo das leituras fracas da última primavera do hemisfério norte.

O governo informou na quarta-feira que os preços ao consumidor cresceram ao maior nível em quase 12 anos em abril, refletindo gargalos na cadeia de abastecimento e a forte demanda por serviços relacionados ao turismo com a reabertura da economia.

Sinais de que a inflação está acelerando geraram uma onda de vendas em Wall Street, já que os investidores temem que o Federal Reserve possa aumentar os juros mais cedo do que o esperado.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

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