Pedidos de asilo no Reino Unido atingiram recorde no último ano

Mais de 111.000 pessoas solicitaram asilo no Reino Unido nos últimos 12 meses, um recorde, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira (21) pelo Ministério do Interior britânico.

Esses números surgem em um momento em que o governo trabalhista de Keir Starmer está sob pressão devido ao alojamento dessas pessoas em hotéis.

Um total de 111.084 pessoas solicitaram asilo entre junho de 2024 e junho de 2025, o maior número registrado em um período de 12 meses desde o início dos registros em 2001.

Destas, 32.059 estavam alojadas em hotéis no final de junho, um aumento de 8% em um ano.

No entanto, esse número ainda é inferior ao recorde registrado em setembro de 2023, quando mais de 56.000 pessoas estavam alojadas nessas instalações.

Os dados surgem em um momento em que o governo de Keir Starmer, no poder desde julho de 2024, enfrenta reações negativas das autoridades locais sobre o uso de hotéis como albergues.

Na terça-feira, um tribunal ordenou que um hotel em Epping, ao norte de Londres, deixasse de receber solicitantes de asilo, após vários protestos anti-imigração desde julho.

Na quinta-feira, a líder da oposição conservadora, Kemi Badenoch, indicou que seu partido apoiaria os municípios que buscam o fechamento de um hotel por meio da justiça.

O primeiro-ministro trabalhista, Keir Starmer, prometeu combater a imigração irregular e acabar com o uso de alojamentos caros até 2029.

Mas, desde que assumiu o poder, mais de 50.000 imigrantes chegaram à costa inglesa em pequenas embarcações, e o descontentamento cresce entre uma parcela da população.

Os imigrantes que chegaram ao Reino Unido após cruzar o Canal da Mancha em pequenas embarcações representaram 39% do total de solicitantes de asilo nos últimos doze meses.

Os paquistaneses foram os mais numerosos no total de pedidos de asilo durante esses doze meses, com 11.234 pessoas (10,1% do total).

Os afegãos ficaram em segundo lugar, com 8.281 (7,5%), seguidos pelos iranianos, com 7.746 (7,0%), e pelos eritreus, com 7.433 (6,7%).

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