Destroços de um míssil balístico norte-coreano recuperados na Ucrânia continham componentes de empresas sediadas nos Estados Unidos e na Europa, informou nesta terça-feira (20) uma empresa de rastreamento de armas.

O relatório da Conflict Armament Research (CAR) aponta que, apesar de ser alvo de sanções, a Coreia do Norte consegue obter componentes ocidentais para suas armas, usadas por Moscou em sua guerra contra a Ucrânia.

Os investigadores da CAR “determinaram que um míssil balístico produzido pela Coreia do Norte e recuperado na Ucrânia inclui mais de 290 componentes eletrônicos não nacionais”. Um total de 75% das peças estão relacionadas com empresas constituídas nos Estados Unidos, e 16%, com empresas europeias.

“Metade dos componentes documentados continham códigos de data identificáveis, e mais de 75% desses códigos indicavam uma produção entre 2021 e 2023. Com base nisso, a CAR conclui que o míssil recuperado em Kharkiv não poderia ter sido montado antes de março de 2023”, explicou a empresa.

O governo americano afirmou no mês passado que a Coreia do Norte havia fornecido à Rússia mísseis balísticos e lançadores de mísseis usados em ataques à Ucrânia.

Segundo a CAR, o míssil analisado por seus investigadores foi recuperado em Kharkiv em 2 de janeiro.

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