PE: Homem confessa que matou adolescente a tiro para ter dívida de R$ 500 perdoada

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Imagem ilustrativa Foto: Pixabay

Gabriel Bandeira da Silva, de 22 anos, foi preso na segunda-feira (9) após confessar que matou José Henrique de Araújo, 13, após ele ter reagido ao assalto em sua residência no bairro Barro, zona oeste de Recife (PE). Além do garoto, a mãe, Maria Aparecida Alves de Araújo, e o padrasto, Maike Rodrigues Vicente, também foram alvejados. O homem relatou à Polícia Civil que fez para que o mandante do crime perdoasse uma dívida de R$ 500. As informações são do G1.

O auxiliar de serviços gerais estava em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, quando foi detido temporariamente. Na sequência, ele foi levado à sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), onde confessou os crimes em depoimento.

No dia 6 de maio, o mandante do crime, o vigilante Roberto Queiroz, de 46 anos, foi preso.

“A ação encomendada a ele foi o feminicídio da mulher, que era ex-namorada do mandante, que a gente também já prendeu. Ele teria essa dívida perdoada e foi para a casa da vítima e invadiu o local. Ele só não esperava que o filho da vítima reagisse”, informou a delegada Euricelia Nogueira.

A princípio o crime foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte), mas essa hipótese foi descartada durante as investigações.

“Os elementos nos indicavam que os executores teriam descartado pertences, uma conduta completamente diferente. Ele foi contratado para praticar um feminicídio e o filho da vítima reagiu.”

Segundo a delegada, o vigilante não aceitava o fim do relacionamento. No dia do crime, ele foi com Gabriel de moto até a casa de Maria Aparecida.

Roberto tinha o controle do portão e, por isso, conseguiu entrar na casa.

Nesse momento, José Henrique reagiu e esfaqueou um deles. Segundo a Polícia Civil, depois de o garoto ser baleado, a mãe tentou protegê-lo e foi ferida por um tiro na cabeça. O padrasto tentou intervir e foi atingido em um dos braços.

Por conta do disparo, Maria Aparecida perdeu a visão do olho esquerdo.

Nas redes sociais, Roberto havia criado um perfil falso para adicionar os amigos e parentes do atual companheiro de Maria. “Para desestabilizar completamente a relação que ela tinha criado com esse rapaz com que ela teve um filho. Chegou a ligar dizendo para ele fazer DNA na criança, dizendo que era dele”, relatou a delegada.