Antes mesmo de iniciar a rotina de trabalho, Eduardo Príncipe de Lira Rocha foi surpreendido com a mensagem do empregador, na qual ele alegar ter mudado de ideia sobre a contratação.
O homem trans começaria a trabalhar na última segunda-feira (13), na cidade pernambucana de Petrolina, mas foi informado de que as “cotas de pessoas diferentes” já estavam preenchidas.
Eduardo usou as redes sociais e mostrou um print da conversa com o empregador, o qual disse não ter percebido que Rocha era trans.
“99% do meu quadro é composto por mulheres. Meu objetivo com essa vaga é contratar um monitor, consequentemente do sexo masculino. Minha cota de pessoas diferentes já está atendida e completa com o que demonstro não ter preconceito”, explica.
Para completar, o empregador disse que não tem preconceito, mas que a preferência para a vaga são de pessoas do sexo masculino.
Mesmo com o envio de um certidão de nascimento que reconhece Eduardo como pessoa do sexo masculino não adiantou para o empregador.
— Eu não tenho de onde tirar o aluguel do mês que vem. Não tenho, até o momento, uma previsão de como vou pagar as contas dos próximos meses. Eu sei que tá todo mundo fodido, lascado. Mas essa situação me faz perguntar: até quando? — escreveu Rocha, em suas redes sociais.