ROMA, 27 AGO (ANSA) – Depois do clima esfriar, o diálogo entre o Partido Democrático (PD) e o Movimento 5 Estrelas (M5S) para a formação de um novo governo na Itália foi retomado. Enquanto o presidente italiano, Sergio Mattarella, realiza a segunda rodada de consultas junto aos presidentes da Câmara, Roberto Fico, e do Senado, Elisabetta Alberti Casellati, as duas legendas trabalham em um documento para definir os pontos do programa da possível aliança. As negociações foram retomadas depois que o partido de Nicola Zingaretti retirou o veto imposto ao nome de Giuseppe Conte para ser mantido no cargo de primeiro-ministro. Segundo o porta-voz dos social-democratas, Graziano Delrio, “não há vetos contra ele”. A declaração foi dada após o M5S emitir um comunicado afirmando que iria interromper o diálogo até que o veto fosse suspenso. “Voltaremos a nos reunir com o PD quando der o sinal verde à incumbência para formar governo a Conte. Não haverá nenhum outro encontro até que tenham esclarecido oficialmente a posição sobre Giuseppe Conte”, escrevera o M5S em nota. Uma reunião que estava marcada para às 11h locais chegou a ser cancelada. O impasse teria sido causado pela distribuição dos Ministérios e pela escolha de quem será o vice-primeiro-ministro. Fontes do PD, por sua vez, disseram que o acordo poderia ruir devido às ambições pessoais de Luigi Di Maio, que quer ser vice-premier e ministro do Interior, o que foi negado pelo M5S. No entanto, de acordo com Delrio, as conversas são referentes aos “problemas do país e não de ambições pessoais”, principalmente porque o objetivo é formar um Executivo sério. Em comunicado, o partido de Di Maio comemorou a retirada do veto e a retomada do diálogo sobre o programa da possível aliança. “O M5S quer, antes de tudo, falar de soluções para o país, em uma fase que consideramos muito delicada após a abertura de uma crise”, a qual teve como seu protagonista principal o ainda vice-premier e ministro do Interior, Matteo Salvini, da legenda de extrema-direita Liga Norte. (ANSA)