Uma mulher, de 35 anos, foi presa na segunda-feira (18) por ser suspeita de ter agredido a enteada, 14, com um serrote e um pedaço de madeira com pregos, segundo a Polícia Civil. O caso ocorreu no bairro das Indústrias, em João Pessoa, Paraíba. As informações são do G1.

Vizinhos da mulher acionaram a polícia e relataram que a adolescente sofria agressões. Quando os agentes chegaram à residência, encontraram a menina com marcas de violência.

“Ela estava bem machucada, com os braços todos feridos. Ela (a madrasta) usava o pedaço de pau com pregos e a lâmina do serrote para bater na cabeça da adolescente que, para se defender, levantava os braços e acabava machucando-se. Ela estava sangrando, por causa das marcas do serrote, e também tinha cicatrizes de outras feridas da mesma maneira”, informou a delegada Amin Oliveira.

Ao ser questionada, a adolescente contou que as agressões tiveram início em janeiro deste ano, período em que passou a morar com a madrasta e uma irmã, de 7 anos.

“Há quatro anos ela (a adolescente) não tem contato com a mãe biológica, que, segundo ela, foi internada em um hospital psiquiátrico. Então a guarda dela e da irmã estava com o pai. Em janeiro deste ano, ele discutiu com a madrasta da adolescente, que pediu medida protetiva contra o homem, que acabou sendo preso em flagrante e se afastou da família, foi quando começou a violência contra ela”, acrescentou a delegada.

Ainda segundo o relato da menina, tudo era motivo para que fosse agredida. “Se ela tocasse em alguma coisa que a madrasta não gostasse, se ela entrasse no quarto da madrasta, ela já partia para a violência. Conforme testemunhas, isso era continuado, tanto a violência verbal, que todos ouviam nas redondezas, como também a violência física”, emendou a delegada.

A adolescente passou por exame de corpo de delito e depois foi encaminhada ao Conselho Tutelar da região. A menina informou que tem uma tia, a mulher foi acionada para averiguar se ela possui condições de ficar com a garota.

“Também acionamos o Ministério Público, que vai ver o que é o melhor para esta menor, e pedimos ainda medida protetiva para afastá-la da madrasta, pois é impossível que elas continuem sob o mesmo teto”, disse Amin Oliveira.

Ela também informou que a mulher não tinha passagens pela polícia. A madrasta passou por audiência de custódia nesta terça-feira (19).