Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) – O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse nesta quinta-feira à CPI da Covid, de maneira enfática, que não se reuniu com empresários ou representantes de laboratórios para tratar da compra de vacinas contra o novo coronavírus, alegando que não considerava ser atribuição dele negociar diretamente a compra de imunizantes.

Pazuello admitiu, no entanto, que pode ter recebido executivos por cortesia, para apresentação e para “tomar um café”.

O ex-ministro já havia afirmado na véspera à Comissão Parlamentar de Inquérito que não negociou a compra da vacina da Pfizer com executivos da empresa por entender que as conversas deveriam ser travadas pelo setor administrativo da pasta, e não pelo próprio ministro.

Confrontado pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Pazuello explicou que reunião com a Pfizer que constou de sua agenda ocorreu com diversos integrantes da pasta e serviu para explicar os termos de projeto de lei que visava resolver impedimentos jurídicos para a assinatura de contrato com a farmacêutica.

A falta de vacinas é apontada como uma das principais causas para a gravidade da Covid-19 no Brasil, país que totaliza o segundo maior número de mortos por Covid-19 no mundo, com mais de 440 mil óbitos, abaixo apenas dos Estados Unidos.

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