BRUXELAS, 12 AGO (ANSA) – Os líderes dos países-membros da União Europeia divulgaram nesta terça-feira (12) uma declaração conjunta na qual afirmam que a Ucrânia não pode ser excluída das negociações para colocar fim à guerra.
A iniciativa chega a três dias da aguardada reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca, encontro para o qual o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, não foi convidado.
“Uma paz justa e duradoura, que leve estabilidade e segurança, deve respeitar o direito internacional, incluindo os princípios de independência, soberania, integridade territorial e inviolabilidade das fronteiras internacionais”, diz o documento, que é assinado pelos líderes de todos os membros da UE, com exceção da Hungria.
“O caminho rumo à paz na Ucrânia não pode ser decidido sem a Ucrânia. Negociações significativas podem acontecer apenas no âmbito de um cessar-fogo ou de uma redução das hostilidades”, acrescenta o comunicado.
Apesar do alerta, os líderes europeus dão as boas-vindas “aos esforços do presidente Trump voltados a colocar fim à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia e a conseguir uma paz e uma segurança justas e duradouras”.
“A União Europeia, em coordenação com os Estados Unidos e outros parceiros que compartilham dos mesmos princípios, continuará a prestar apoio político, financeiro, econômico, humanitário, militar e diplomático à Ucrânia, que exerce o seu direito à autodefesa. Continuará também a apoiar e a implementar medidas restritivas contra a Federação Russa”, ressalta a declaração conjunta.
Além disso, a UE e os Estados-membros afirmam estar “prontos a contribuir” para assegurar “garantias de segurança” a Kiev no caso de um cessar-fogo.
O encontro de Putin e Trump aumentou a expectativa para um acordo de paz entre Kiev e Moscou, porém também despertou preocupações na Europa de que a Ucrânia seja alijada das negociações.
Nesse contexto, líderes europeus devem fazer nesta quarta-feira (13) uma reunião remota com Trump e Zelensky para tentar alinhar posições antes da cúpula do Alasca. (ANSA).