ROMA, 26 NOV (ANSA) – A cantora italiana Laura Pausini criticou a repercussão midiática gerada pela morte do ex-jogador argentino Diego Armando Maradona, vítima de uma parada cardiorrespiratória aos 60 anos de idade.   

Em uma publicação no Instagram, a artista comparou o espaço dado pelos meios de comunicação ao ex-craque do Napoli com a repercussão sobre o “Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres”, celebrado anualmente no dia 25 de novembro.   

“Na Itália a despedida de um homem que é certamente muito bom a jogar futebol, mas realmente não muito apreciado por mil coisas pessoais que se tornaram públicas, é mais notícia do que o adeus a tantas mulheres espancadas, estupradas, maltratadas”, escreveu.   

Pausini ainda lembrou que o país europeu registrou outros dois casos de feminicídio nesta quarta-feira (25) e isso não foi a notícia mais importante da Itália. “Realmente não sei o que pensar”, finalizou.   

A declaração polêmica da artista recebeu diversas críticas dos usuários nas redes sociais, incluindo a também cantora italiana Fiorella Mannoia.   

“Se Michael Jackson tivesse morrido ontem, teria acontecido a mesma coisa. Quando se vão homens tão amados no mundo inteiro é lógico que isso aconteça. Ele não escolheu morrer no dia mundial contra o feminicídio. Chega dessa polêmica vulgar”, rebateu.   

Poucas horas depois, Pausini excluiu a publicação de sua conta no Instagram.   

Dono de uma habilidade rara, Maradona ganhou fama no mundo inteiro e conquistou milhares de italianos, principalmente por sua atuação com a camisa do time napolitano, o que resultou na vitória dos primeiros títulos da cidade na Série A, nas temporadas 1986/87 e 1989/90. (ANSA)