Preocupado com o psicológico do time, o técnico Paulo Turra fez questão de enaltecer o elenco mesmo depois de empatar com o Botafogo, na Vila Belmiro. O Santos abriu 2 a 0, mas já no final, levou dois gols em três minutos e permitiu o empate por 2 a 2.

“Fizemos uma boa partida contra o líder do campeonato, um líder que está muito à frente (em pontos)”, disse o treinador santista. “Nossos jogadores brigaram, duelaram e na maioria das vezes ganharam nas brigas individuais”, afirmou Turra.

“Tenho que valorizar o empate, o comprometimento diante do líder. Tenho certeza de que o torcedor do Santos hoje está orgulhoso. Tivemos um padrão de excelência com e sem a bola”, afirmou. “Se estivermos no nível de hoje não tenho dúvida que essa fase difícil do Santos vai ser deixada para trás.”

O Santos está com 17 pontos (somente 3 à frente do Bahia, que é o 17º) em 16 rodadas e ocupa a 14ª colocação no Brasileiro.

Para Turra, o fator psicológico vem atrapalhando o desempenho. “Depois do segundo gol nos abalamos, mas prefiro salientar que conseguimos sustentar o empate contra o líder.”

Turra ressaltou ainda a atuação de Jean Lucas e de Lucas Lima. “Acho que foi a melhor partida do Lucas Lima no ano. E o Jean Lucas só saiu porque estava exausto.”

REFORÇOS

Questionado sobre reforços, o técnico do Santos afirmou que precisa de 3 ou 4 jogadores, mas deixou claro que não comentará sobre Soteldo. O venezuelano foi afastado por indisciplina.

“Sobre o Soteldo, quem tem que falar, se tiver que falar, é a diretoria”, disse. “Estamos carentes de jogadores não só na defesa”, afirmou Turra. “O ambiente é muito bom. Juro pelo meu pai e minha mãe, que estão no céu”.

‘GOL BOBO’

Marcos Leonardo lamentou o empate. Na saída de campo, em entrevista ao canal Première, o atacante, autor dos dois gols diante do Botafogo, não escondeu o abatimento.

“Infelizmente, não saímos com a vitória por um detalhe”, disse. “2 a 0 no placar e tomar gol no final. É continuar trabalhando, não pode levar gols bobos, de bola aérea, no escanteio”, completou o atleta, que preferiu não dar os detalhes para quem mandou o recado na comemoração, quando fez sinal de silêncio.