O ex-atacante Paulo Nunes é um dos maiores especialistas quando se trata de Palmeiras e Grêmio. O atual comentarista esportivo da TV Globo foi campeão da Copa do Brasil pelas duas equipes que neste domingo decidem a competição, às 18 horas, no Allianz Parque. Em entrevista ao Estadão, o ex-jogador de 49 anos descarta favoritismo para a final.

De quais características você mais gosta nos times?

São duas formas de jogo completamente diferentes. É um choque de ideias boas. O Grêmio mudou as suas características. Hoje é um time que gosta de ter o controle do jogo, a posse de bola e de trocar de passes. É um jogo mais cadenciado. Já o Palmeiras tem uma construção muito ágil, a transição mais rápida do futebol brasileiro. Jogo reativo, sem dar tempo de a defesa adversária se recompor.

O que foi mais surpreendente nesta temporada: a força do Palmeiras com um elenco de garotos ou a manutenção de um Grêmio tão competitivo?

O Renato apostou em jogadores experientes e despertou neles de novo a competitividade. Um exemplo é o Diego Souza, que é muito importante neste esquema tático do Grêmio. O Maicon reforça a característica do controle de jogo do meio de campo. Já no lado do Palmeiras, com certeza foi fundamental acreditar na base. O clube demorou muito a fazer isso, até porque tem poderio financeiro para investir em contratações.

O que ficou de mais marcante para você nas conquistas?

No Grêmio, especificamente, era um título que eu não tinha. No Palmeiras, ficou marcado por ser meu primeiro título pelo clube, que nunca havia vencido a competição. Ser campeão logo nos primeiros meses de clube foi muito marcante para mim.