A precoce partida de Paulo Gustavo, que morreu ontem vítima de complicações do novo coronavírus, aos 42 anos de idade, chocou uma legião de fãs, seguidores e um Brasil inteiro. O ator, que lutou por quase dois meses no hospital para sobreviver, não resistiu a doença e deixou familiares e amigos arrasados.
IstoÉ Gente conversou com a neuropsicanalista da USP Priscila Gasparini Fernandes, que explicou o motivo das mortes de personalidades tão queridas do público causarem comoção e chocarem tanto os brasileiros. A profissional diz que projetamos o que gostaríamos de ser e realizar em nossos ídolos, com isso, acabam virando mito, uma pessoa perfeita, desprovida de defeitos e frustrações.
“Os veículos de comunicação e as redes sociais oferecem uma falsa sensação de intimidade e proximidade do fã com seu ídolo, o que facilita a projeção de suas necessidades psicológicas. O fã usa o ídolo para se auto afirmar e tenta imitá-lo inconscientemente. Como é um modelo bem aceito pela população, essa aceitação seria ideal para sua vida, as pessoas também se sentem apoiadas, acolhidas e até compreendidas quando veem as celebridades enfrentando dilemas parecidos com os delas. A empatia é ainda maior quando os famosos tomam a mesma decisão que elas tiveram de tomar, longe dos holofotes Isso proporciona uma sensação de conforto, pois, por mais que as celebridades sejam pessoas realizadas e popularmente aceitas, têm um lado frágil”, conta.
Assim como Paulo Gustavo, listamos algumas celebridades cujas mortes também chocaram o país. Relembre!
Gugu Liberato: A morte do comunicador, no dia 22 de novembro de 2019, chocou o Brasil. Ele veio a óbito após sofrer um acidente doméstico, em sua casa em Orlando, Estados Unidos. Gugu bateu a cabeça e teve morte cerebral.
Ayrton Senna: O falecimento do piloto é algo que ainda está vivo na memória de todos. Senna estava no auge de sua carreira quando morreu em 1 de maio de 1994 em um acidente durante o Grande Prêmio de San Marino, na Itália. A cena foi acompanhada ao vivo pelo mundo inteiro.
Ricardo Boechat: O jornalista premiado Ricardo Boechat teve sua vida interrompida após sofrer acidente de helicóptero, em 11 de fevereiro de 2019. Enquanto voltava de uma palestra de Campinas, a aeronave dele caiu em cima de um caminhão no km 22 da Rodovia Anhanguera.
Leandro: Em junho de 1998, Leandro, que fazia dupla sertaneja com o irmão Leonardo, faleceu vítima de um câncer raro no pulmão, aos 37 anos de idade. Uma das cenas mais marcantes do artista antes da morte foi quando ele saiu na sacada de seu apartamento, segurando a bandeira do Brasil.
Daniela Perez: Em 28 de dezembro de 1992, Daniela Perez foi assassinada por Paula Thomaz e seu então marido, o ator Guilherme de Pádua. Na época, a atriz atuava com Pádua na novela “De Corpo e Alma”, escrita por Glória Perez, sua mãe. Guilherme planejou o crime depois de tentar fazer com que Daniela pedisse para a mãe aumentar seu papel no folhetim.
Cristiano Araújo: O cantor sertanejo Cristiano Araújo morreu em 24 de junho de 2015, aos 29 anos. Ele não resistiu aos ferimentos sofridos durante um grave acidente de carro quando retornava de um show na cidade de Itumbiara, no Sul de Goiás.
Hebe Camargo: A carismática apresentadora morreu aos 83 anos, em 29 de setembro de 2012. Hebe teve uma parada cardíaca enquanto dormia em sua casa, no Morumbi, em São Paulo. A veterana lutava desde janeiro de 2010 contra um câncer no peritônio.
Gabriel Diniz: O cantor, que estava no auge da carreira com o hit “Jenifer”, faleceu após a queda de um avião em Sergipe, em 27 de maio de 2019.
Mamonas Assassinas: O grupo de rock formado nos anos 90 pelo vocalista Dinho e os demais integrantes Bento Hinoto, Samuel Reoli, Júlio Rasec e Sérgio Reoli, sofreu um trágico acidente de avião no dia 2 de março de 1996, enquanto voltavam de um show em Brasília, o jatinho chocou-se contra a Serra da Cantareira. Todos os músicos da banda morreram na hora.
Domingos Montagner: Durante o intervalo das gravações da novela “Velho Chico”, em 15 de setembro de 2016, o ator e Camila Pitanga, seu par romântico no folhetim, foram tomar um banho no rio São Francisco e horas depois, Montagner se afogou e seu corpo foi encontrado preso em pedras entre 20 e 25 metros de profundidade.