29/04/2020 - 7:00
Depois de curtir a chegada dos gêmeos e emplacar o sucesso nos cinemas de Minha Mãe É uma Peça 3, que foi um estouro de bilheteria e pode ser visto em streaming, Paulo Gustavo está sempre com alguma carta na manga. Mantendo-se em isolamento social, por causa da pandemia de coronavírus, o ator e humorista tem sempre um tempo para participar de alguma live com os amigos. E, a partir desta quarta-feira, 29, vamos poder vê-lo na nova temporada do sitcom A Vila, que vai ao ar às 22h30, no canal Multishow. A turma que habita essa vila ganhou mais humor e alegria com a chegada de Rique, o ex-palhaço sem circo e que decidiu estacionar seu trailer nesse local, mas que está sempre tentando arrumar uma graninha para sobreviver.
Inédita, pois a equipe conseguiu gravar antes de o isolamento ter início, esta quarta temporada de A Vila chega com novidades, como é o caso da participação especial da drag queen Suzy Brasil. Mas a história vai continuar em cima da trupe dessa vila, que conta com as trapalhadas de Rique, que é interpretado por Paulo Gustavo, e de sua parceira Violeta, vivida por Katiuscia Canoro, que estão sempre armando alguma maluquice para ganhar dinheiro.
“São situações sempre quebradas pelo personagem da Heloísa Périssé, a Eleonora, e pelo Seu Lupércio (Ataíde Arcoverde)”, conta Paulo Gustavo. A turma contará ainda com a entrada de Monique Alfradique e Lucas Veloso na equipe.
O versátil Paulo Gustavo não faz apenas humor: ele é uma das cabeças criativas por trás de muitos dos produtos dos quais participa. Em A Vila, ele costuma ao menos dar uns pitacos no texto, que é elaborado pela equipe de redatores. “A gente pega o que foi escrito um dia antes e, claro que, como todo comediante, mexe um pouco no texto, bota uma cereja, faz uma piada”, afirma o humorista. Quanto ao criar novos personagens, Paulo conta que ele os encontra “nas ruas, no metrô, no avião, na padaria, em qualquer lugar”, pois é um cara muito observador e acredita que essa é uma qualidade boa para um ator, para quem trabalha com personagens. “Estou sempre observando o jeito, o gestual, maneiras de falar, formas de enxergar o mundo, sou muito interessado nas pessoas”, diz. Para ele, essa sua característica faz com que consiga abrir um leque, para estar com um acervo grande de personagens. “E é aí que vou criando. Mas, no caso de A Vila, os outros personagens foram criados pelos autores do programa.”
Paulo Gustavo é também um artista atento aos sinais, que sabe a importância do momento atual e quão difícil está para todos. “O humor também faz e ajuda a gente a atravessar esses tempos, que são difíceis não só no nosso País, mas no mundo, com mais leveza, com mais sutileza, de forma mais alegre, mais solar”, pensa ele, que diz que podemos usar o humor para falar de vários assuntos, os polêmicos, fazer críticas, gerar reflexão.
Para ele, o humor tem mil possibilidades e é muito rico, mas também serve para apenas divertir. “E que bom que eu faço humor e posso, no meio dessa pandemia e dessa tristeza, levar um pouco de diversão para as pessoas, não só na televisão, mas também nas minhas redes sociais, onde estou sempre presente.”
Trancado em casa com o marido, Thales, e os filhos gêmeos, Paulo diz que está aproveitando seu tempo exatamente para curtir o momento em família. “Eu já vinha no processo daqueles primeiros semestres de vida deles, que a gente reservou como uma licença-maternidade para poder cuidar deles. E a gente emendou com a quarentena. Então, na verdade, tivemos um brinde no meio dessa loucura toda. Estamos felizes com os filhos em casa e tristes com o que está acontecendo lá fora. Somos privilegiados, podemos ficar em casa”, afirma.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.