Ex-diretora de privatizações do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Social) no governo Fernando Henrique Cardoso e presidente do Conselho de Administração da Eletrobrás, Elena Landau é presidente da presidente da Elandau Consultoria Econômica Economista com atuação de destaque na implantação de reformas estruturais no estado brasileiro, em meados da década de 1990.

Landau migrou para o ramo do Direito, tornando-se uma voz de referência principalmente nas questões ligadas ao setor elétrico brasileiro. Nesta sexta-feira (26), ela foi entrevistada na live de ISTOÉ pelo editor Marcos Streacker. Na conversa, ela revelou o que espera do país pós-pandemia.

“O país pós-pandemia é uma incógnita”, avalia. “Não existe na economia um programa para sairmos dessa crise”.

Aos 62 anos, Elena foi assessora da presidência do BNDES e, posteriormente, diretora da área responsável pelo Programa Nacional de Desestatização, afirma que “o governo Bolsonaro é uma calamidade, o pior do mundo.”

Para a economista, o presidente não tem credibilidade nem tampouco equilíbrio emocional para estar sentado na cadeira presidencial.

“O governo Bolsonaro acabou. O presidente é um afogado que está se debatendo”, acredita.

Para ela, o país não pode ficar refém de um desequilibrado. “A gente deve caminhar no progresso do afastamento do presidente, já existem todos elementos para o impeachment”, acredita.

Carioca, a economista faz parte do grupo de pensadores econômicos neoliberais formados pela PUC-Rio que tem entre seus principais expoentes os economistas Armínio Fraga, Pérsio Arida, Gustavo Franco, André Lara Resende, Francisco Lopes, Pedro Bodin e Edmar Bacha – quase todos ligados ao PSDB.

Na entrevista, ela bateu duro nos seu ex-professor, hoje ministro da economia, Paulo Guedes. Aqui cabe dizer, o ex-mestre disse em entrevista que a Landau foi uma estudante medíocre.

“Paulo Guedes é um folclore, ninguém mais presta atenção no que ele fala. O Guedes acha que é animador de auditório”.

Landau é reconhecida pela edição latino-americana da revista Chambers and Partners, principal publicação especializada no perfil dos principais advogados do mundo, como uma das principais advogadas brasileiras, notadamente por sua atuação na área de regulação do setor elétrico.

“Não acredito na agenda de privatização apresentada pelo governo federal. Para ela, “o ministério da economia quer vender lotes na lua”, mas adianta que os investidores não são tolos para embarcar nessa canoa furada. “O Guedes acha que é animador de auditório”, conclui.