Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Paulo Gonet entra na reta final da denúncia de Bolsonaro

PGR Paulo Gonet quer denúncia discreta e ainda não decidiu se vai ou não unificar as denúncias

Antonio Augusto/Secom/MPF
Paulo Gonet Foto: Antonio Augusto/Secom/MPF

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, quer que a denúncia de Jair Bolsonaro, seja à sua imagem e semelhança, ou seja: longe dos holofotes. Gonet não dará uma entrevista coletiva nem falará com ninguém sobre seu conteúdo. Gonet trabalha para enviar a denúncia este mês, mas, segundo interlocutores seus na PGR, é provável que o envio fique para fevereiro.

Gonet ainda não decidiu se vai ou não unificar numa única denúncia a acusação pelos crimes investigados em três inquéritos que foram tratados em separado pela Polícia Federal. A eventual unificação se sustentaria no entendimento de que foi uma mesma organização criminosa que, valendo-se de ataques digitais, desinformação e financiamento escuso, e dos mesmos agentes, fraudou cartões de vacina, apropriou-se e vendeu indevidamente joias que pertenciam ao Estado e planejou um golpe.

Gonet tem trabalhado tendo a seu lado o procurador Joaquim Cabral da Costa Neto, chefe da Assessoria Especial Criminal da PGR. Os dois têm a colaboração do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, coordenado por Costa Neto.

Este grupo têm divergências entre si sobre a pertinência ou não dessa unificação. Alguns procuradores argumentam que a unificação daria robustez à denúncia. Outros ponderam que o fatiamento daria agilidade à análise pelos ministros do STF.

Leia mais em PlatôBR.