O escritor Paulo Coelho usou o Twitter para comentar, na manhã desta quarta-feira (23), a informação de que teria sido delatado por Raul Seixas durante a ditadura militar.

Ele se baseou em uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo sobre o livro “Não Diga que a Canção Está Perdida”, de Jotabê Medeiros, que mostra documentos indicando uma colaboração de Seixas com os militares.

“Fiquei quieto por 45 anos. Achei que levaria o segredo para o túmulo”, escreveu Paulo Coelho na rede social.

O livro conta sobre um episódio em que Raul Seixas foi convocado pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) em 1974 para prestar depoimento sobre um disco feito em parceria com Paulo Coelho.

Nos documentos expostos, a polícia foi ao apartamento do escritor no dia seguinte e prendeu sua namorada. Na mesma semana, Paulo Coelho entrou em um táxi com Seixas, mas o veículo foi parado por militares e ele foi levado para sessões de tortura que duraram duas semanas.

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