30/08/2019 - 0:18
Paulo André Camilo conquistou o ouro na prova dos 100 metros rasos no Troféu Brasil de Atletismo nesta quinta-feira, em Bragança Paulista (SP), com o tempo de 9s90, mas não teve sua marca homologada porque o vento estava em 3,6 m/s, superando o limite máximo de 2 m/s. De qualquer forma, o velocista do Pinheiros conquistou o tricampeonato na competição.
“Estou muito feliz porque a marca abaixo dos 10s está nas minhas pernas”, afirmou Paulo André, que é um dos três velocistas brasileiros que buscam romper a marca. “Tenho certeza de que, se o vento estivesse normal teria corrido em 9s97, 9s98. Fica um pouco de frustração, mas também dá mais confiança para o Mundial de Doha”, admitiu o atleta, referindo-se ao principal torneio da temporada, que será disputado de 27 de setembro a 6 de outubro, no Catar.
Derick de Souza, também do Pinheiros, ficou em segundo lugar, com 10s10, seguido de Vitor Hugo dos Santos, da Orcampi Unimed, com 10s12. Na semifinal, Vitor Hugo obteve o índice nos 100m para o Mundial de Doha, na segunda série, ao cravar 10s07, com 1.6 m/s de vento. Foi sua melhor marca pessoal.
O brasileiro mais rápido com a ajuda do vento era Arnaldo de Oliveira, que em 1985, venceu os 100m rasos em 10s06, no Japão.
Na final dos 100m rasos feminino foi a vez de Rosângela Santos, do Pinheiros, conseguir a marca mínima para o Mundial. Ela venceu com 11s23 (1.6 m/s), superando os 11s24 exigidos pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês).
“Estou extremamente feliz porque minha participação no Troféu Brasil não estava assegurada. Descobri, na semana passada, que tenho uma pequena fratura por estresse na base da coluna e estou treinando no limite da dor”, disse Rosângela. “Comecei a temporada só em fevereiro e fizemos uma preparação com muita calma, pensando na Olimpíada de Tóquio. Agora temos o Mundial pela frente”, completou.
Duas jovens atletas completaram o pódio: Lorraine Barbosa Martins (CT-DEO), com 11s36, e Ana Carolina Azevedo (Orcampi Unimed), com 11s41.