As arquibancadas cheias viraram rotina na primeira fase do Paulistão, principalmente na capital. Apenas Corinthians, São Paulo e Palmeiras somaram um público de quase 750 mil pessoas. Mais de um milhão de torcedores compareceram aos 96 jogos, com média de 11 mil por partida. Corinthians e São Paulo registraram médias de 40 mil torcedores como mandantes. Por uma diferença de menos de 300 pessoas, o time alvinegro terminou com números melhores do que o rival.

A presença do público também impulsionou cifras impressionantes registradas nos borderôs. Somados, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo arrecadaram mais de R$ 35 milhões apenas com os ingressos. O montante da arrecadação com os bilhetes também foi refletido nas equipes do interior do Estado. Os jogos dos grandes times em cidades mais afastadas da capital viraram fonte de receita importante. Nos jogos contra Palmeiras e São Paulo, por exemplo, o Botafogo arrecadou mais de R$ 2,4 milhões. Nos outros quatro duelos realizados como mandante, o clube de Ribeirão Preto conseguiu cerca de R$ 500 mil.

Além disso, o Botafogo terminou com a quinta melhor média da competição e alcançou os melhores números desde que retornou à elite do futebol paulista em 2009. “Esses jogos de maior apelo são importantes. Depois da construção da Arena Eurobike, estamos recebendo shows e eventos internacionais, o que também capitaliza o nosso estádio, mas a presença da torcida é fundamental, não só para nos ajudar economicamente, mas, principalmente, por ser um combustível importante para o time dentro de campo”, comenta Adalberto Baptista, gestor da SAF da equipe de Ribeirão Preto.

PREÇO DOS INGRESSOS

O tíquete médio também foi alvo de comparação entre Corinthians, São Paulo e Palmeiras. Nas novas arenas, Corinthians e Palmeiras cobraram os ingressos mais caros da competição, registrando uma média de R$ 59,62 e R$51,20 por cada bilhete, respectivamente. Por causa dos setores populares criados no Morumbi, o São Paulo vem logo depois, com R$ 40,16 por entrada.

Mark Zammit, CEO da GSH, empresa que participa de operações em arenas e administra dois restaurantes dentro do Allianz Parque, explicou que as mudanças nos comportamentos das agremiações estão abrindo um espaço cada vez maior para essas ativações. “Antigamente os estádios não tinham capacidade para receber estes espaços temáticos, mas isso mudou nos últimos anos. Hoje o torcedor pode acompanhar a partida dentro de uma arena, com toda a organização de um restaurante de alta gastronomia e agregar uma experiência nova ao espetáculo esportivo”, afirmou.

A atenção das empresas também cresceu. Com ingressos disponíveis em camarotes corporativos em Itaquera e no Allianz, o Galera.Bet, plataforma de apostas esportivas e patrocinadora oficial do Campeonato Brasileiro, passou a promover ações e convidar influenciadores para assistirem aos jogos no espaço. “É uma forma de reconhecimento ao trabalho e uma aproximação importante ao meio digital. Em alguns jogos, selecionamos algumas personalidades para conhecer nossa estrutura nas arenas, participar de experiências interativas sobre a empresa e acompanhar a partida do time do coração”, disse Marcos Sabiá, CEO da companhia.