Paula Klien celebra venda de 10 mil exemplares do seu livro ‘Todas as Minhas Mortes’

A escritora e artista plástica carioca Paula Klien
A escritora e artista plástica carioca Paula Klien Foto: Divulgação

“Todas as Minhas Mortes” (Editora Citadel), romance de estreia da artista plástica carioca Paula Klien, já é sinônimo de sucesso na esfera literária. Desde o lançamento, em maio do ano passado, o livro esteve oito vezes na lista semanal de livros de ficção mais vendidos da PublishNews e superou 10 mil exemplares vendidos.

Com coragem e intensidade, “Todas as Minhas Mortes” explora os desafios, dores e renascimentos que moldam a vida de sua protagonista, Laví. O nome da personagem, inspirado no termo francês La vie (“A vida”, em português), reflete sua essência. Da infância à vida adulta, Laví enfrenta mortes simbólicas que definem sua existência.

Com uma linguagem direta, audaciosa e sem rodeios, mas também poética e carregada de humor, Paula Klien conduz o leitor, em primeira pessoa, por uma narrativa em fluxo de consciência que desnuda as complexidades humanas. Em tempos onde a busca por aceitação e perfeição parece dominar tantos discursos, Todas as minhas mortes se destaca como uma obra profundamente autêntica. Sua escrita atravessa a alma, ativando gatilhos emocionais e provocando reflexões transformadoras.

“Forte! Impactante. E controverso! É uma experiência emocional intensa viver as nossas mortes em cada uma das mortes de Laví. Preparem-se para sentir a poderosa ambivalência que a leitura da narrativa de Paula Klien desperta em nosso mundo interno aparentemente morto.” – Arnaldo Goldemberg, psicanalista.

Mais do que fazer pensar, Todas as minhas mortes faz sentir, tocando o leitor de forma profunda. Isso torna o livro uma experiência literária única, capaz de provocar reações intensas: os leitores tendem a amá-lo profundamente ou a rejeitá-lo. Essa polaridade reflete o impacto da obra, que desafia zonas de conforto, cria incômodos e convida a um mergulho em verdades inexploradas e emoções à flor da pele.

“Todas as minhas mortes é uma obra que fala por si. A história de Laví, que está conectada à minha, foi escrita de maneira irreverente e livre, permitindo que ela ganhasse força própria. Não vejo este livro como uma autobiografia ou um relato, justamente porque ele vai além dessas classificações. É uma narrativa que busca desafiar, provocar e ressoar, permitindo que cada leitor a encontre à sua própria maneira.” – Paula Klien, autora de Todas as minhas mortes e artista multidisciplinar.

A jornada ontogenética de Laví é construída com simbolismos, mitos gregos, reflexões filosóficas, fé e resiliência. Esta obra de autoficção é centrada em pilares essenciais da existência, como maternidade e espiritualidade, e ousa desbravar temas tabus, como sexualidade infantil, masturbação feminina e aborto, expondo tanto a vulnerabilidade quanto a força da experiência humana.

Vale dizer que a sexualidade de Laví não é apenas uma expressão de desejo, mas uma força vital que alimenta sua capacidade de se reinventar e renascer. Para ela, a sexualidade está profundamente ligada à sua potência criadora, tornando-se um símbolo de poder, cura e transformação. É essa força visceral que a torna capaz de enfrentar suas ‘mortes’ e, tal qual uma fênix, emergir renovada das cinzas, reafirmando sua liberdade e força como mulher.

Em um mercado literário cada vez mais diversificado, Todas as minhas mortes se apresenta como um convite a explorar, com verdade e crueza, as experiências vividas na pele, no corpo e na alma de uma mulher.

Projeção internacional

Nascida em 1968, no Rio de Janeiro, Paula Klien é artista multidisciplinar com significativa projeção internacional no campo das artes visuais. Como artista plástica, trabalha principalmente com técnicas ancestrais. Também atuou como fotógrafa e diretora criativa durante dez anos. Muitas de suas obras estão em acervo de museus e coleções relevantes. Além disso, Paula foi uma das artistas pioneiras no campo da Cripto Arte e dos NFTs (tokens não fungíveis).

Paula define a escrita como uma paixão antiga, mas conta que só começou a escrever “para valer” em 2022, ano em que deu início ao projeto de “Todas as Minhas Mortes”, sua estreia no mundo literário. Ela justifica sua escolha pelo gênero da autoficção pela possibilidade de apagar a fronteira entre realidade e ficção e pelo seu caráter híbrido, que não pode ser classificado meramente como “relato” e nem como “biografia”.

Escrever o livro, segundo a escritora, “foi um exercício de inteligência para ressignificar experiências pessoais”. Durante o processo de construção, ela reuniu uma pesquisa extensa, que envolveu leituras em etimologia, filosofia, psicanálise e mitologia grega. Ela, que se considera “muito metódica”, também é afirmativa a respeito da influência de sua bagagem e experiência de vida, tanto na narrativa quanto na definição de seu estilo literário.

A autora revela que cultiva alguns rituais dentro do seu processo criativo como escritora: “Gosto de acender velas e de chamar bons espíritos para perto de mim antes de começar a escrita”. Por fim, Paula revela já ter ideias e títulos registrados para um segundo livro.

“Todas as Minhas Mortes” está disponível em todas as livrarias ou na Amazon

“Todas as Minhas Mortes”
Autora: Paula Klien
Editora: ‎ Citadel Grupo Editorial; 1ª edição (5 maio 2024)
Idioma: ‎ Português
Capa comum : ‎ 176 páginas
Dimensões: ‎ 13.5 x 1.2 x 21 cm
Autoficção