A jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo, entrou na Justiça com ação de indenização por danos morais contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). No pedido, a repórter alega que o parlamentar fez ataques, com ofensa de cunho sexual, em uma live e em publicação em rede social.

De acordo com a Folha, no último dia 27 de maio, Eduardo afirmou, em uma transmissão ao vivo pelo canal do YouTube Terça Livre TV, que a jornalista “tentava seduzir” para obter informações que fossem prejudiciais ao presidente Jair Bolsonaro. O ataque mais recente de Eduardo Bolsonaro contra a jornalista também foi publicado pelo parlamentar em sua conta no Twitter.

Na ação, Taís Gasparian, advogada de Patrícia Campos Mello, diz que “a leviana, repugnante e machista afirmativa sobre seu trabalho atinge todas as mulheres, pois menospreza a atividade profissional desenvolvida e incita que violências de toda sorte sejam cometidas”.

“Embora já desmentido o fato, o deputado vem a público para reiterar a infâmia e causar dano moral à jornalista. Esse é o modo pelo qual essas pessoas se vingam do trabalho sério e comprometido da imprensa. Cabe agora ao Judiciário a decisão sobre os danos cometidos”, afirma a advogada.

Além de Eduardo Bolsonaro, Patrícia já entrou com processo de danos morais contra o presidente Jair Bolsonaro, Hans River do Rio Nascimento, ex funcionário de uma agência de disparos em massa, e Allan dos Santos, apresentador do canal online Terça Livre. O motivo das ações foram os ataques sofridos pela repórter após o depoimento de Hans, no Congresso, à CPMI das Fake News, no último dia 11 de fevereiro.