VATICANO, 29 JUL (ANSA) – Os patriarcas e líderes das igrejas cristãs de Jerusalém expressaram “profunda preocupação” após o ataque de colonos israelenses contra a comunidade de Taybeh, na Cisjordânia ocupada.
Em comunicado conjunto, os religiosos condenaram o assalto ao vilarejo, que é de maioria cristã, e disseram que esse “grave incidente não é um caso isolado”.
“Faz parte de um alarmante esquema de violência dos colonos contra comunidades da Cisjordânia, incluindo suas casas, lugares sagrados e estilos de vida. Lamentamos que as declarações oficiais da polícia israelense tenham reduzido a questão exclusivamente aos danos a propriedades, omitindo o contexto mais amplo de intimidações e abusos sistemáticos”, afirmaram os patriarcas.
Segundo eles, essas “omissões distorcem a verdade e não enfrentam as violações do direito internacional humanitário e dos direitos humanos, incluindo o direito à liberdade religiosa e a proteção do patrimônio cultural”.
Os líderes cristãos também denunciaram o “clima de impunidade que prevalece e põe em risco a coexistência pacífica na terra da Ressurreição”. “Isso não apenas ameaça as comunidades cristãs, mas enfraquece também os fundamentos morais e jurídicos que sustentam a paz e a justiça para todos”, ressaltaram os patriarcas, que cobraram que o governo israelense aja com “clareza moral para garantir uma proteção eficaz à população de Taybeh e a todas as comunidades vulneráveis”.
O ataque ocorreu na madrugada da última segunda-feira (28), quando colonos israelenses incendiaram carros e picharam muros com frases de ódio em hebraico no vilarejo, que abriga cerca de 1,3 mil palestinos, em sua maioria cristãos. (ANSA).