Um pastor americano julgado na Turquia por supostas ligações com grupos “terroristas” foi mantido preso nesta segunda-feira (7) após uma nova audiência, medida que pode intensificar as tensões entre Ancara e Washington.
O tribunal de Aliaga, na província de Esmirna (oeste), justificou a manutenção do pastor Andrew Brunson na prisão pelo “risco de fuga”, de acordo com um correspondente da AFP no local.
O processo foi adiado para 18 de julho.
“O que mais posso dizer? Eu gostaria de voltar para casa”, declarou o pastor ao juiz.
O pastor, que foi preso em outubro de 2016, tentou durante todo o dia negar ter ajudado grupos “terroristas”, diante das testemunhas de acusação.
Andrew Brunson, que dirigia uma pequena igreja protestante em Esmirna, pode ser sentenciado a 35 anos de prisão. Seu processo foi aberto em 16 de abril.
As autoridades turcas o acusam de agir em nome da rede do pregador Fetullah Gülen, a quem Ancara acusa de ser o mentor do golpe fracassado de julho de 2016, mas também em nome do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Essas duas organizações são consideradas terroristas pela Turquia.