Em meio a discussões infundadas sobre a não obrigatoriedade da vacinação contra o coronavírus de forma ampla por convicções religiosas, filosóficas ou morais (porque científica não é, claro), as empresas que estão diante da maior crise no setor aéreo e turístico começam a se movimentar com medidas mais drásticas para tentar resolver a situação.
Alan Joyce, presidente da companhia aérea australiana Qantas anunciou a futura exigência de um certificado de vacinação para seus vôos: “Mudaremos nossas condições de utilização para os viajantes internacionais e informamos que pediremos às pessoas que se vacinem antes de subir em nossos aviões” afirmou, em entrevista ao canal de TV Channel Nine.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) planeja lançar já no primeiro trimestre de 2021 um passaporte de saúde digital via aplicativo para iOS e Android que poderá substituir o passaporte e, inclusive, acomodar informações sobre saúde dos passageiros, como testes de covid-19. A solução, chamada de Travel Pass, começará a ser testada na semana que vem, segundo o vice-presidente de segurança e carga de passageiros em aeroportos da Iata, Nick Careen.
Já a empresa de tecnologia cibernética VST Enterprises (VSTE) lançou um passaporte de saúde público “apto para voar”, projetado para viagens aéreas. A plataforma internacional chamada V-Health Passport pode ser baixada e usada junto com qualquer forma de teste COVID-19 e vacinação que não use códigos de barras inseguros e tecnologia de código QR. As companhias aéreas e transportadoras também podem baixar e usar o sistema. O objetivo é validar a identidade de um passageiro e autenticar o resultado do teste COVID-19 e os detalhes de vacinação em um app. Ele também fornece aos passageiros das companhias aéreas uma tecnologia de rastreamento de contatos que usa dados anônimos.
Passaportes de saúde já estão sendo usados para acesso a espaços públicos e transporte em alguns países, como China e Índia. Em setembro, um memorando revelou que os passaportes de imunidade digital farão parte dos planos do governo do Reino Unido para permitir que as pessoas com teste negativo para o vírus voltem ao trabalho e possam viajar.
Lembrando que o Brasil já registrou mais de 180 mil mortes por covid-19, além de mais de 6,7 milhões de infecções e ainda estamos em discussão, sob o comando de um presidente que promove fake news e discórdia diante das veracidades científicas aprovadas por médicos, laboratórios e cientistas no mundo inteiro. Seguimos orando.