As quedas nos preços da passagem aérea (-17,91%) e da gasolina (-1,97%) deram as principais contribuições para a desaceleração da inflação no varejo medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de maio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma alta de 0,50% em abril para uma elevação de 0,08% em maio.

Seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Educação, Leitura e Recreação (de -0,62% em abril para -3,37% em maio), Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,51% para 0,73%), Transportes (de 0,19% para -0,22%), Alimentação (de 0,67% para 0,41%), Comunicação (de 0,60% para 0,22%) e Vestuário (de 0,52% para 0,46%).

As principais contribuições partiram dos itens: passagem aérea (de -3,67% para -17,91%), medicamentos em geral (de 3,23% para 0,81%), gasolina (de -0,38% para -1,97%), frutas (de -0,33% para -1,76%), tarifa de telefone móvel (de 1,60% para 0,62%) e calçados (de 1,13% para 0,72%).

Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Habitação (de 0,48% para 0,85%) e Despesas Diversas (de 0,20% para 0,94%), sob influência dos itens: taxa de água e esgoto residencial (de 0,00% para 2,58%) e jogo lotérico (de 0,42% para 11,77%).

O núcleo do IPC-DI passou de alta de 0,35% em abril para elevação de 0,38% em maio. Dos 85 itens componentes do IPC, 35 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 69,68% em abril para 62,90% em maio.

Construção

A alta nos custos da mão de obra acelerou a inflação da construção no IGP-DI) de maio. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) passou de um avanço de 0,14% em abril para uma elevação de 0,59% em maio.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de um aumento de 0,28% em abril para uma queda de 0,02% em maio. O custo dos Materiais e Equipamentos passou de uma elevação de 0,28% em abril para uma redução de 0,13% em maio, enquanto os Serviços saíram de alta de 0,30% para aumento de 0,51%.

Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de estabilidade em abril (0,00%) para uma elevação de 1,22% em maio.