ROMA, 11 AGO (ANSA) – Pequenos partidos de centro ameaçados pela cláusula de barreira anunciaram nesta quinta-feira (11) uma coalizão para tentar criar uma “terceira via” nas eleições italianas de 25 de setembro.   

O pacto reúne as legendas Itália Viva (IV), do ex-premiê e senador Matteo Renzi (2014-2016), e Ação, do ex-ministro do Desenvolvimento Econômico (2016-2018) e eurodeputado Carlo Calenda.   

“Nasce hoje, pela primeira vez, uma alternativa séria e pragmática ao populismo de direita e esquerda que devastou este país”, disse Calenda no Twitter.   

“Aos amigos do Itália Viva: todos ao trabalho com Carlo Calenda e os amigos do Ação para salvar a Itália dos soberanistas e dos populistas. A Itália precisa de nós para evitar o pesadelo populista”, reforçou Renzi.   

Fã do britânico Tony Blair, o ex-primeiro-ministro tem insistido na necessidade de uma terceira via para se contrapor aos dois campos hoje majoritários na política italiana: a coalizão de direita formada por Giorgia Meloni, Matteo Salvini e Silvio Berlusconi, de um lado, e o PD e seus aliados de esquerda, do outro.   

Tanto Renzi quanto Calenda já foram membros do Partido Democrático, mas saíram para fundar legendas que giram em torno de suas próprias figuras.   

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O ex-ministro do Desenvolvimento Econômico chegou inclusive a se aliar ao PD para as eleições de setembro, mas rompeu o acordo em menos de uma semana, após o partido ter fechado coligações com socialistas, ecologistas e dissidentes do populista Movimento 5 Estrelas (M5S).   

Segundo uma pesquisa divulgada nesta semana pelo instituto EMG, Irmãos da Itália (FdI) e PD estão empatados na liderança, com 24% das intenções de voto, mas o partido de Meloni integra uma coalizão que aparece com 48%, o que pode ser suficiente para obter maioria no Parlamento, dado um sistema eleitoral que mistura proporcional (dois terços dos assentos na Câmara e no Senado) com majoritário (um terço).   

Já a “terceira via” formada por IV e Ação está com 6%, ameaçada pela cláusula de barreira, que é de 3% para partidos e de 10% para coligações. (ANSA).   


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