Dois dos três maiores partidos do Paquistão anunciaram nesta terça-feira um acordo de coalizão de governo que exclui partidários do ex-premier preso Imran Khan, que foram os mais votados na eleição da semana passada.

A Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N) e o Partido do Povo Paquistanês (PPP) anunciaram em entrevista coletiva que se propõem a formar uma maioria legislativa com outros pequenos partidos.

“Os partidos aqui presentes constituem cerca de dois terços da Câmara eleita”, ressaltou o presidente da PML-N, Shebaz Sharif.

Nas eleições da semana passada, Imran Khan estava inabilitado e seu partido, o Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI), não podia disputar como tal, mas os candidatos independentes que contavam com o seu apoio foram os mais votados, com cerca de 90 das 266 cadeiras em jogo. A PML-N, de Sharif, ficou em segundo, e o PPP, de Bilawal Bhutto Zardari, em terceiro.

Khan, um ex-jogador de críquete popular eleito chefe de governo em 2018 e deposto em 2022, foi inabilitado dias antes das eleições e condenado a três penas de prisão, sob acusações de corrupção e traição.

O ex-governante atribui seus problemas com a justiça ao Exército, que acusa de ter orquestrado a sua expulsão do poder.

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