A experiência do fim das coligações proporcionais para a disputa de vereadores nas eleições desse ano acenderam o sinal vermelho nos partidos políticos de menor representatividade. Além da questão da verba partidária, os partidos se viram isolados e perderam muito do poder de negociação. No entanto, os pequenos partidos estão entregues à própria sorte, já que na composição do Congresso os grandes partidos vão fazer de tudo para manter a hegemonia.

A saída encontrada é a articulação de federações partidárias. A equação é bem complicada porque egos gigantescos precisam ser resolvidos para que dentro de uma mesma sigla possam conviver em conjunto. Também há a natural disputa por protagonismo e por verba partidária. A verba pode ser, inclusive, o ponto mais sensível. A alternativa é, contudo, a possível dentro de um universo que quer limitar o número de partidos.

O custo dos partidos de aluguel nas eleições pode estar com seus dias contados. Resta lembrar que se há alguém que aluga ou vende o partido, também há alguém que compra. Os interesses podem mudar até 2030, quando a cláusula de barreiras entra em vigor. Até lá as movimentações prosseguem.