O PRTB negou ter convidado o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para ser candidato à Presidência da República pelo partido em 2026.
Conforme o presidente da sigla, Amauri Pinho, não houve diálogo com o parlamentar. Em nota, Pinho afirmou ter o objetivo de levar o PRTB ao centro, em busca de uma “pacificação do país, sem extremismos”.
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O jornal Folha de S. Paulo reportou nesta terça-feira, 16, que Eduardo, que está nos Estados Unidos desde março, manifestou a possibilidade de fazer a primeira campanha presidencial virtual das eleições brasileiras e seria bem-vindo na legenda.
O PRTB também teria considerado outros políticos para concorrer ao Palácio do Planalto, como Rodrigo Manga, prefeito de Sorocaba (SP), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e Anthony Garotinho, ex-governador do Rio de Janeiro, além do ex-coach Pablo Marçal, que foi candidato à prefeitura de São Paulo pela sigla em 2024, mas está inelegível.
Eduardo nos EUA
O deputado pediu licença do mandato e se mudou para os EUA em março de 2025 com o objetivo declarado de articular junto ao presidente Donald Trump por sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), relator de processos contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na corte.
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Nos seis meses de autoexílio, a Casa Branca revogou vistos de ministros do Supremo, enquadrou Moraes na Lei Magnitsky e aplicou taxas de 50% sobre os produtos brasileiros enviados aos EUA em resposta ao que Trump chamou de “caça às bruxas” do Judiciário brasileiro contra seu aliado.
A articulação fez Eduardo ser indiciado pela Polícia Federal, junto com o pai, por suspeita dos crimes de coação e atentado à soberania nacional com o objetivo de impedir a condenação do ex-presidente no STF. Ainda assim, Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por uma tentativa de golpe de Estado. Em reação à sentença, seu filho prometeu manter a carga da pressão em território americano.