Os incondicionais partidários do presidente Jair Bolsonaro ignoraram as advertências sobre o novo coronavírus e fizeram manifestações nas principais capitais do país. Os protestos criticam o Congresso e os tribunais por atrapalharem as ações do atual presidente, com alguns deles abertamente pedindo por um golpe de estado.

Centenas de simpatizantes se reuniram em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo, muitos usando máscaras com mensagens como “Canalhas – Vírus – Congresso Nacional”.

Os críticos do presidente defendem que as manifestações são antidemocráticas, em um país ainda atormentado pela memória de uma ditadura militar, cujo legado é abertamente admirado por Bolsonaro, um ex-capitão do exército.

Mas nem isso ou as advertências das autoridades para evitar grandes aglomerações em meio à pandemia de coronavírus impediram os partidários de saírem às ruas.

“A manifestação é contra o Congresso, porque eles não deixam Bolsonaro governar. Vetam tudo”, disse Rogério Galhardo, um empresário de 60 anos que carregava uma bandeira brasileira.

“Eles só querem roubar”, ressaltou a sua esposa, a professora Patricia Monteiro, de 45 anos.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Bolsonaro está em disputa com o Congresso pelo controle do orçamento para este ano, estimado em R$ 30 bilhões.

O atual presidente, que não está afiliado a nenhum partido político e continua em discussão sobre o assunto com o Congresso, defende que o poder Executivo deveria conservar o poder de controlar a execução do orçamento.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias