O Pacaembu é um estádio favorável ao Palmeiras para o desempenho, mas um obstáculo para faturar. Embora o clube tenha conseguido três vitórias nos três jogos feitos no local neste ano, em partidas do Campeonato Brasileiro, fatura com bilheteria em média cerca de três vezes menos do que se jogasse em sua arena, o Allianz Parque.

No jogo da última segunda-feira contra o Coritiba, o clube teve a menor renda líquida neste ano pelo Brasileirão, com somente R$ 363 mil. Já a média de arrecadação em partidas pela competição na arena é de mais de R$ 1,3 milhão. Quando deixa o Allianz Parque e se torna inquilino, o Palmeiras deixa parte do faturamento com o aluguel do Pacaembu, fixado em 15% da renda bruta para partidas noturnas e 12% em diurnas.

No estádio municipal de São Paulo, a equipe enfrentou pelo Brasileirão deste ano o Grêmio, em julho, e o Coritiba, com duas vitórias por 1 a 0. Nas duas ocasiões, o Allianz Parque estava fechado para a realização de shows musicais.

A mesma situação vai se repetir duas vezes em outubro para apresentações dos cantores John Mayer e Paul McCartney em datas que coincidem com partidas contra Bahia e Ponte Preta.

Palmeiras e a construtora WTorre, a responsável pelo estádio, tentam se entender nos bastidores sobre o ressarcimento de partidas em que o time não pode jogar na arena. Por contrato, o clube receberia uma multa equivalente a 50% da renda bruta da partida disputada no outro estádio. Porém, os repasses estão suspensos porque o tema está em discussão na corte arbitral. A empresa e o clube divergem sobre o custo de manutenção do Allianz Parque.