Parque fecha trilha para resgate de Juliana Marins na Indonésia

vulcão Indonésia
A brasileira Juliana Marins caiu durante trilha no vulcão Monte Rinjani Foto: Reprodução/ Rinjani National Park.

O parque onde Juliana Marins caiu ao realizar uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, anunciou o fechamento da rota do acidente nesta terça-feira, 24, para o resgate da brasileira três dias após a queda. Na noite de segunda-feira, 23, como relatou a IstoÉ, as atividades no local seguiam normalmente.

“Para agilizar o processo de evacuação das vítimas do acidente e considerar os aspectos de segurança dos visitantes, das equipes de evacuação e manter a área propícia, a rota de escalada de Pelawangan Sembalun ao Pico Rinjani está temporariamente fechada até que o processo de evacuação seja concluído”, anunciou o Parque Nacional do Monte Rinjani em comunicado.

Queda e resgate

Juliana caiu e deslizou cerca de 300 metros no sábado, 21, em direção a uma área de difícil acesso na montanha. Após a queda inicial, ela caiu mais e estimativas dão conta que ela está a cerca de 650 metros.

Por estar sem sinal de internet no local, a jovem ficou incomunicável após o acidente. Turistas que passaram pelo mesmo trecho algumas horas depois encontraram objetos e informações que ajudaram a identificar a brasileira e divulgaram o ocorrido pela internet, até que ele chegou à família da vítima.

As equipes de resgate afirmaram na segunda-feira que localizaram, com o auxílio de drones, o corpo da brasileira, que não se movia. “Deslocamos uma equipe ao local, mas esta foi impedida pelo terreno muito íngreme e pela névoa”, explicou o diretor do departamento de busca e resgate local, Muhammad Hariyadi. “Quando a detectamos usando um drone, ela não estava se movendo”, acrescentou.

Juliana

Juliana Marins, jovem que sofreu queda na Indonésia

Os socorristas explicaram que utilizam drones térmicos, equipamentos de montanha e um helicóptero para localizar a brasileira, que estava viajando pelo sudeste asiático.

Familiares de Juliana demonstram preocupação com o tempo para o resgate. “É possível que ela não sobreviva por conta da demora no resgate e caia”, disse a irmã da brasileira, Mariana Marins, ao jornal O Globo.

A Embaixada do Brasil em Jacarta foi acionada pela família e está em contato com a empresa que organizou a trilha e as autoridades locais. De acordo com comunicado enviado à imprensa, o órgão confirmou que o resgate estava a caminho e precisaria de pelo menos mais três horas para alcançar a vítima.

“Não temos informações precisas sobre o estado (de saúde) pois ela ainda está isolada no local da queda. Ela, contudo, está consciente e consegue mover membros superiores e inferiores. A equipe de resgate está a caminho do local, de modo que as condições do resgate ainda não estão claras”, afirmou a embaixada.

Juliana estava viajando pela Ásia desde fevereiro, passando por países como Vietnã, Filipinas e Tailândia, antes de seguir para a Indonésia. Até o momento, não há confirmação oficial sobre o estado de saúde dela além das informações preliminares repassadas por turistas no local. A família segue acompanhando o caso à distância, enquanto aguarda a conclusão da operação de resgate.