O Parlamento grego adotou neste domingo à noite uma controversa reforma das aposentadorias e dos impostos graças aos votos da maioria do governo, da esquerda do Syriza e do partido soberanista Anel, segundo a contagem feita pela AFP.

Todos os partidos da oposições, entre eles o Nova Democracia (direita), votaram contra o texto, contestado por sindicatos, na medida que prevê a redução das aposentadorias mais altas, o aumento das contribuições e maiores impostos sobre as rendas médias e altas.

O projeto de lei foi aprovado horas antes de uma importante reunião dos ministros da Economia da zona do euro, na segunda-feira, em Bruxelas.

O Eurogrupo deve avaliar as reformas implementadas pela Grécia e exigidas pelos credores (União Europeia e Fundo Monetário Internacional) em troca de um empréstimo internacional concedido em 2015.

A possível redução da dívida grega também deverá ser discutida pela primeira vez desde o início da crise grega em 2010, o que foi celebrado pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras neste domingo no Parlamento.

Os sindicatos gregos se opuseram a essa reforma das aposentadorias e dos imposto, promovendo nos últimos três dias uma greve-geral de 48 horas e várias manifestações.

No total 26.000 pessoas, segundo a polícia, protestaram durante todo o domingo em Atenas e Tessalônica (norte).

Nos arredores do Parlamento, foram registrados incidentes na praça Syntagma entre grupos de jovens e policiais.

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