O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira um projeto de reforma do mercado europeu de carbono após 2021, um passo-chave para alcançar os objetivos do bloco em matéria de mudanças climáticas.

A Comissão Europeia publicou em julho de 2015 os seus planos de reforma para o Sistema de Comércio de Emissões (ETS) da UE, o maior do mundo.

Ivo Belet, porta-voz para o clima do Partido Popular Europeu (centro-direita), disse que as reformas “equilibradas” ajudarão a UE a cumprir as metas do acordo de Paris sobre as mudanças climáticas, aprovadas em uma conferência histórica em dezembro de 2015.

O sistema de comércio de carbono coloca um limite na quantidade de dióxido de carbono que pode ser emitida por grandes fábricas e outras empresas.

As empresas podem negociar cotas dessas emissões – a ideia é fornecer um incentivo para melhorar a eficiência energética ou mudar para fontes mais limpas, para que eles se mantenham abaixo do teto estabelecido.

No entanto, os deputados insistiram em um esquema mais ambicioso do que o proposto pela Comissão, o braço executivo da UE.

O Parlamento quer cortar 800 milhões de cotas de emissões em 2021, sob um mecanismo de emergência reservado para a “estabilidade do mercado”.

No âmbito do acordo climático de Paris, a UE planeja reduzir as emissões de gases do efeito de estufa em 40% até 2030, em comparação com os níveis de 1990, e fazer com que as energias renováveis ​​representem 27% do consumo de energia.