Agravando a maior crise constitucional da Espanha desde que o país retornou ao regime democrático, em 1978, o Parlamento da Catalunha aprovou na sexta-feira 27 a proposta de ela se formar como um Estado soberano. Pouco depois dessa declaração, o Senado espanhol deu ao primeiro-ministro, Mariano Rajoy, poderes para ele assumir o controle da região e destituir o presidente catalão, Carles Puigdemont – isso está previsto no artigo 155 da Constituição, mas, ainda assim, não deixa de ser uma medida radical. A votação dos parlamentares terminou com setenta votos favoráveis e dez contrários (duas abstenções). A coligação Junts Pel Sí comemorou a decisão, assim como centenas de manifestantes aglomerados nas imediações do Parlamento catalão – a sessão foi boicotada e considerada ilegal por siglas contrárias à declaração de independência. No Twitter, Rajoy pediu calma à população. “O Estado de Direito restaurará a legalidade na Catalunha”, escreveu ele. O Ministério Público já sinalizou que pretende responsabilizar criminalmente “por rebelião” os líderes separatistas, incluindo Puigdemont, e o vice-presidente Oriol Junqueiras.


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